spot_img
spot_img

No mundo dos paratletas: como começar e que esportes posso praticar?

spot_img
Compartilhe:

Por Juliana Castelo

“Talvez este seja o melhor lugar para compreender que a deficiência não é uma limitação e que, na verdade, ela nos desafia a superar diversos limites”. Assim o judoca Marco Rodrigues, 43, enxerga o valor do esporte na vida de quem, como ele, convive com a deficiência. Mas será que praticar modalidades esportivas pode ajudar mesmo a quebrar as barreiras no dia a dia de quem possui limitações físicas ou mentais?
Com baixa visão provocada pela retinose pigmentar, Marco conta que a paixão pelo esporte surgiu muito antes do diagnóstico nos olhos, em 2010. “Meu interesse pelo judô começou ainda na adolescência, em meados de 1995. Nessa época, a doença ainda não havia se manifestado. Além do judô, pratiquei outras artes marciais, como Kung Fu, karatê e jiu-jitsu”, afirma. Hoje, o atleta conta que só consegue sair de casa de dia com óculos escuros, por causa da fotossensibilidade. E à noite, somente de bengala, já que a visão diminui ainda mais.
Mesmo assim, o judô não saiu do foco e ele revela as adaptações necessárias para a prática. “As adaptações estão dentro do próprio processo do judô paraolímpico. A diferença para o olímpico é que no paraolímpico os atletas já começam segurando o kimono uns dos outros, e a luta começa a partir dali. Além dessa pequena diferença adaptativa, as práticas são iguais”, explica Marco.
Sem dúvidas, quem tem deficiência e mergulha no mundo do esporte pode ganhar muito além de medalhas ou aquele lugar especial no pódio. O professor de Educação Física do Centro Universitário Estácio, Hirlon Braga, enumera alguns benefícios da rotina esportiva nesse contexto. “É possível desenvolver as áreas psicossocial e intelectual; melhorar condições organo-funcionais; possibilitar condições para aumentar o potencial criativo e espontâneo, além de desenvolver ou melhorar a autoestima, aprender concietos de autovalorização e auto imagem, entre muitos outros”, cita.
Atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeiras de roda, judô, natação, tênis de mesa, arco e flecha, basquete para cadeirantes. A lista de possibilidades para quem tem uma deficiência e quer começar e abraçar o esporte é grande e o primeiro passo, segundo o professor, é a avaliação condicional. “Essa etapa classifica o interessado em alguma das categorias estipuladas pelo Movimento Paralímpico Internacional: amputados, paralisados cerebrais, deficientes visuais, lesionados na medula espinhal, deficientes mentais e outros, pelo sistema de classificação funcional”, ressalta Hirlon.
Essas classificações funcionais buscam aproximar os limites de cada competidor, colocando todos em condições de igualdade para as competições e, assim, deixando a confiança brilhar em campo. “Autoconfiança e autoestima acontecem para a gente em um processo de construção no qual você administra seus limites, testa sua capacidade e ao mesmo tempo equilibra seu estado mental compreendendo a relação entre vitória e derrota. Tudo isso graças ao esporte”, finaliza o judoca.
Compartilhe:
spot_img

Talvez você queira ler também

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Propaganda

spot_img

Propaganda

spot_img

Relacionados

- Propaganda -spot_img
- Propaganda -spot_img

Últimas

Prefeitura de Timon abre inscrições para o Programa Kit Crédito com 40 vagas disponíveis

A Prefeitura de Timon, por meio da Secretaria Municipal de Empreendedorismo, Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SEMEDESTT), lançou nesta segunda-feira (10), no Auditório Wall...

Festival de Verão do Parque Alvorada é sucesso em Timon com apoio de Leandro Bello e Thallys Monteiro

O 1º Festival de Verão do Parque Alvorada foi um verdadeiro sucesso de público e organização em Timon, reunindo milhares de pessoas durante os...

Comércio maranhense deve abrir mais de mil vagas temporárias no fim de 2025

Reportagem/Jherry Dell'Marh O cenário é considerado positivo e reflete o otimismo do setor varejista com o aumento das vendas impulsionadas pela Black Friday e o...