spot_img
spot_img

MA é o terceiro estado em número de mulheres chefe de família no país

spot_img
Compartilhe:
Entenda desafios enfrentados nessa realidade
Reportagem/Juliana Castelo
Não é segredo que a força feminina sempre teve um papel fundamental no Brasil e os dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE, trouxeram à tona um crescimento que chama ainda mais atenção: as brasileiras estão à frente da maioria dos lares. E o Maranhão é o 3º estado com mais mulheres chefe de família. Por aqui, 53% dos lares são comandados por elas que, entre desafios e conquistas, equilibram trabalho, família e sonhos dia após dia.
“Como causas positivas, temos o aumento da presença feminina no mercado de trabalho; a perda de espaço dos valores unicamente patriarcais na realidade social e o respeito à autonomia da mulher em constituir a configuração familiar na estrutura que ela desejar. Mas entre as causas negativas, ainda em maioria, temos a necessidade financeira; a viuvez ou o abandono do companheiro que, entre outras situações, não assume a paternidade e, por falta de opção, a mulher se torna a base da família”, explica a professora do curso de Direito do Centro Universitário Estácio São Luís, Natalie Oliveira.
Mas quem são essas mulheres? Para a advogada, existem dois tipos de perfis da mulher chefe do lar. “Não é uma regra, mas geralmente a mulher que escolheu ser chefe de família buscou essa independência e se estruturou para isso, traçou um planejamento para o futuro. Mas, do outro lado, temos a chefe de família que não teve tempo para se estruturar, foi pega de surpresa e, sem muitas escolhas, se posicionou e se tornou a base de sustento do seu lar”, analisa.
E o caminho de algumas brasileiras que comandam seus lares tem, sem dúvidas, diversos obstáculos sociais e até econômicos. “Elas estão expostas à incerteza da dinâmica familiar, dificuldade de acesso a serviços públicos, e, não raramente, à desigualdade salarial, que prejudica diretamente a construção do seu projeto de vida”, afirma Natalie. Em 2023, por exemplo, 50,8% dos lares estavam chefiados por mulheres, e, ao mesmo tempo, algumas dessas ganhavam até 29,3% a menos do que os homens – o que agrava os quadros de desigualdade no país e contribui para a perpetuação da feminização da pobreza.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) alertam que, no ano passado, a diferença salarial entre homens e mulheres equivale a mais de um salário mínimo. Isso quer dizer que, considerando a vida financeira, é mais fácil para um homem chefiar uma família, do que para uma mulher.
“Por isso, políticas públicas voltadas, principalmente, para a redução de desigualdades, sensíveis a gênero e raça, e políticas sociais de emprego e renda, com foco em mulheres em condição de vulnerabilidade social são exemplos de iniciativas que poderiam e deveriam ser implementadas para melhorar a situação de mulheres que sustentam suas famílias”, finaliza a professora.
Compartilhe:
spot_img

Talvez você queira ler também

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Propaganda

spot_img

Propaganda

spot_img

Relacionados

- Propaganda -spot_img
- Propaganda -spot_img

Últimas

Prefeitura de Timon realiza mutirão de combate à dengue no Cidade Nova II

Na manhã desta quarta-feira (5), a Prefeitura de Timon, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMS) e da Secretaria de Vigilância em Saúde,...

Orleans Brandão consolida-se como uma das principais lideranças políticas do Maranhão e fortalece o municipalismo no Estado

O secretário de Assuntos Municipalistas do Maranhão, Orleans Brandão, vem desempenhando um trabalho de grande relevância no fortalecimento das relações entre o Governo do...

Prefeitura de Timon realiza “I Novembro Negro” com programação em defesa da igualdade racial

A Prefeitura de Timon, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SEMDH) e da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (COPIR), realiza ao...