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Como ajudar alguém com depressão sem desproteger a sua própria saúde mental?

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Por Juliana Castelo
Um olhar de empatia, uma palavra de conforto e atitudes de companheirismo: sem dúvidas, contar com uma rede de apoio quando se está enfrentando os sintomas da depressão é essencial. O relatório “Depressão e outros transtornos mentais”, da Organização Mundial da Saúde, revela que o Brasil é o país com a maior prevalência de pessoas com a doença na América Latina, com 11,7 milhões de brasileiros e brasileiras sofrendo. Mas quem cuida de quem cuida da população depressiva?
Se para ajudar alguém é preciso estar bem, entender os sinais de sobrecarga ao acompanhar uma pessoa com depressão para saber o que fazer pode aumentar ainda mais a qualidade da rede de apoio. A fadiga da compaixão, de acordo com o psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica, Jediael Abreu, pode ser resultado de ouvir ou testemunhar o sofrimento de outras pessoas. “Sentir-se exausto o tempo todo, mesmo após períodos de descanso, pode ser um sinal de sobrecarga”, afirma.
Ficar irritado facilmente, ter um sentimento de desesperança como se os seus esforços para ajudar não estivessem surtindo efeito, perceber que você está se afastando emocionalmente da pessoa que está tentando ajudar e até se está deixando de lado as suas próprias necessidades básicas, como alimentação, sono e lazer… alerta vermelho! Estes são sinais claros de que você está sobrecarregado.
Por isso, nada de pensar que é egoísmo pensar em si mesmo antes de ajudar alguém. Sem uma boa saúde mental, as chances de não colaborar com a recuperação de uma pessoa que sofre com depressão é grande. E se você se identificou com os sinais, saiba que tem luz no fim do túnel. O psicólogo reuniu algumas recomendações para te ajudar a parar ou reduzir o estresse emocional:
Defina horários para ajudar: Estabeleça limites claros sobre quando você está disponível para oferecer apoio, e respeite esses horários;
Não tente ser terapeuta! “Lembre-se de que você não é um profissional de saúde mental e não pode assumir a responsabilidade de ‘curar’ uma pessoa”, destaca o psicólogo.
Mantenha suas atividades pessoais: “Não abandone seus hobbies, relacionamentos e obrigações em nome de ajudar a outra pessoa. Isso é essencial para sua saúde mental”, cita Jediael.
Permita-se dizer “não”! Você tem o direito de recusar pedidos de ajuda se sentir que não pode lidar com eles no momento.
Procure apoio para si mesmo: Converse com amigos, familiares ou procure terapia para lidar com o estresse de apoiar alguém com depressão.
Estabeleça um espaço seguro para si: “Crie momentos ou espaços onde você pode relaxar e se desconectar das preocupações alheias”, finaliza o profissional.
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