Enquanto o debate se acirra na TV, orçamento deixa de ser aprovado e o povo observa.
Se oposição, com 10 vereadores e governo com 11, não conseguem mais sentar no mesmo local – plenário -, para discutir os problemas da cidade, está na hora de mudar o sistema em Timon.
A cidade, os munícipes – cerca de 180 mil habitantes -, devem tomar de conta dessa representação, pois da forma que está, se o povo não for o maior perdedor, com certeza não ganha em nada com essa polêmica travada pelos dois setores com reflexo direto na gestão politica e administrativa da cidade.
Mas enquanto o Legislativo vive às turras no joguinho de “puxa corda”, sem conseguir sentar-se à mesa para uma discussão clara e saudável, o Executivo comandado pela gestão eleita em 2020, dá sinais claros de dependência politica e administrativa da gestão passada.
Ao permitir que o ex-prefeito fosse a TV e tomasse todas as dores das críticas tenazes à sua gestão, Dinair Veloso, se percebendo disso, deu aos seus comandados por decreto o desejo claro de quem eles devem ouvir quando as coisas ficaram mais escuras da forma como está hoje a gestão municipal.
O ex-prefeito se apresentou no debate na TV como a “luz no fim do túnel” para a atual gestão quando essa não tem mais o que dizer das mazelas da cidade, que durante os oito anos passados de gestão puro sangue Leitoa, não conseguiu resolver seus problemas rotineiros.
Foram bilhões de reais jogadas na sarjeta, sem resultados positivos e as únicas obras visíveis da gestão passada e da continuidade da atual foram as que Flávio Dino, o governador do Maranhão, por solicitação do seu líder Rafael Leitoa, executou na cidade.
A atual gestão, em 10 meses, está conseguindo, com mutirão, deixar a cidade mais emporcalhada do que já era, pois se sabe de notícia – a ser confirmada -, de que a empresa detentora dos serviços de limpeza está retendo equipamentos em seu pátio em troca da liberação de pagamentos que estão em atraso há mais de dois meses, e que por isso, em alguns pontos – até no entorno da sede da prefeitura no centro – se observa lixo acumulado nas vias e nas calçadas há dias sem que o caminhão venha fazer seu serviço.
Quanto ao debate dos vereadores – como deveria ser no aspecto democrático – a maioria que ganha,- os vereadores governistas sabe-se lá com a orientação de quem, talvez, de “forças não tão ocultas”, permanecem ausentes das sessões extras que têm como pano de fundo a votação do LOA 2022 e dando um argumento de que o governo perde força e não tem mais o poder de articulação, apesar da maioria.
Agora o processo todo, antes nos bastidores, depois deflagrado com as sessões extras da semana passada e dessa semana também sem a presença dos edis governistas, toma ares da grande mídia, da telona da Capital Teresina para se transformar num picadeiro onde o eleitor, todos sabem, gosta disso, mas fica com o pé atrás quando sente que novamente tudo que está se passando é um jogo de interesse com endereço certo rumo às próximas eleições.
É isso!