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Especialista dá dicas de como montar e manter um kit de primeiros socorros

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É recomendável que todas as residências possuam um kit para o caso de emergências

Nos lares das famílias brasileiras, é muito comum se encontrar um verdadeiro estoque de medicamentos, como se fosse uma farmácia de verdade. Mas, além de não ser adequado, isso pode ocasionar problemas para a saúde em casos de automedicação. Em vez disso, aqueles itens que devemos ter em casa são os essenciais para uma emergência, os kits de primeiros socorros. Porém, eles também exigem uma série de cuidados na hora de montar e de manter.

O kit precisa ser útil, seguro e incluir itens para uso imediato no caso de acidentes domésticos, além dos prescritos pelo médico como medicamentos para tratamentos em andamento e para saúde preventiva como, por exemplo, antialérgicos para reações ao meio ambiente, à comida ou outros medicamentos.

O professor do curso de Farmácia da Uninassau Teresina, Roberto Gomes da Silva, explica que revisar periodicamente o que está guardado também é importante. “As pessoas acabam esquecendo os itens no armário e, na hora de utilizá-los, nem sempre lembram de conferir a validade. Consumir qualquer medicamento vencido pode trazer riscos para a saúde. Isso vale tanto para o kit de primeiros socorros quanto para os medicamentos de algum tratamento que esteja em andamento.”

O professor também orienta para que as pessoas procurem orientação médica para o tratamento e uso adequado dos medicamentos, leiam a bula para o armazenamento correto e tomem algumas precauções para que crianças não tenham acesso ao kit de primeiros socorros, além de ter em mente que o armazenamento deve ser pensado para os casos de emergência.

Segundo recomendações de profissionais da saúde, o kit de primeiros socorros ideal deve ter, pelo menos, água oxigenada, algodão, ataduras, bolsa térmica, curativos adesivos, esparadrapo, gazes, termômetro digital de axila e soro fisiológico.

Automedicação e exageros exigem atenção

Outro ponto que muitas vezes é esquecido é a automedicação, principalmente em casos de sintomas contínuos e repetitivos. “Os riscos da automedicação vão além do agravamento da doença. Os sintomas podem ser mascarados e, ao procurar atendimento, a depender do caso pode ser até irreversível, levando mesmo à morte. Por isso é tão importante ir ao médico presencialmente ou agendar uma teleconsulta tão logo apareça algum sintoma fora do comum. É preciso ter em mente que em casa o essencial é um kit de primeiros socorros. Qualquer medicamento só deve ser utilizado quando há orientação médica”, explica o professor.

Outro fator importante é que o armário esteja fora do alcance de crianças ou pessoas que podem fazer o uso inapropriado da medicação. Guardar em um local seco e ao abrigo do sol ou calor, revisar o vencimento periodicamente e fazer o descarte correto também são questões essenciais.

Após o tratamento é possível que alguns medicamentos acabem sobrando já que não é possível comprá-los fracionados. O farmacêutico comenta que nestes casos o melhor a fazer é o descarte correto. “Armazenar sobras de remédios não é recomendado. Vale lembrar que aquela sobra acontece após terminar o tratamento com uma dose determinada pelo médico. Por isso, o ideal é levar o que sobrou para descarte em uma drogaria ou farmácia. Jamais jogue no lixo comum. Além do risco de contaminar o solo, eles podem ser consumidos por animais”, finaliza o professor.

Em Teresina há serviço de coleta para descarte de medicamentos na unidade da Uninassau Redenção, tanto para medicamentos sem condição de uso e para os que sobraram e poderão ser usados por outros pacientes sob orientação do profissional de Farmácia a partir de prescrição específica.

O coletor fica sinalizado no pátio para recebimento desses medicamentos e semanalmente os alunos ligados a liga acadêmica de Ciências Farmacêuticas conferem, catalogam, separam os que podem ainda ser usados e enviam para a Farmácia da Maria, que funciona na Fundação Maria Carvalho Santos, conhecida pela prestação de serviços às mulheres com câncer de mama. Os que estiverem fora de uso, seja por vencimento ou por quebra são enviados para incineração por empresa especializada. Assessoria UNINASSAU.

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