Por Juliana Castelo
Viver a geração que será lembrada pela pressa e cobranças por resultados imediatos das tantas demandas diárias que as pessoas têm que cumprir não é, sem dúvidas, uma tarefa fácil. Se sentir sobrecarregado no ambiente de trabalho, nos estudos e até mesmo nas relações sociais tem sido cada vez mais comum, colocando à prova as emoções. Mas cuidar de si mesmo com pequenas e grandes atitudes pode salvar você de afundar em momentos de crises emocionais. Então, nada de deixar para depois!
De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde, cerca de um bilhão de pessoas vivem com algum tipo de transtorno mental. O Brasil lidera quando o assunto é ansiedade e ocupa a quinta posição em número de depressivos. “A depressão não surge de um único fator na vida de um indivíduo. Não é só uma causa ambiental, biológica, genética ou social, mas sim vários motivos que podem gerar a doença, como as circunstâncias de vida”, afirma a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Débora dos Santos.
Se sentir desvalorizado em relação às emoções é um fator importante que pode levar a um quadro depressivo. Mas também é importante aprender a entender sobre o que você sente. “Através dos estudos da psicologia positiva, sabemos que existem emoções básicas, sendo quatro negativas, como a raiva, o medo, a tristeza e o nojo; uma emoção positiva que é a alegria e uma neutra, a surpresa. Então, realmente é mais fácil ter emoções negativas em ambientes externos e internos à nós”, explica Débora.
Por isso, é essencial ficar atento quando algo não vai bem e não se isolar da convivência com quem você gosta de estar. Muitas vezes, são essas pessoas que percebem sinais de alerta quando a sua saúde mental está sendo afetada. “Ter uma rede de apoio como a família e amigos facilita com que você não se confunda em pensamentos ruins que podem não corresponder ao real”, ressalta a psicóloga.
Reservar tempo para praticar o autocuidado e estabelecer limites na rotina também são chaves para um bom psicológico. “Ler um bom livro, meditar, caminhar, dançar ou o que mais gostar de fazer que não seja uma obrigação pode fazer maravilhas pela sua saúde mental. Autocuidado é necessário, assim como saber dizer ‘não’ em algumas situações para evitar esgotamentos. Respeite seus limites”, finaliza Débora.