
Inclusão é chave para autoestima e dignidade
Reportagem/Jherry Dell’Marh
Era fim de tarde no interior do Maranhão quando a infância de Giovanni Lima mudou para sempre. Ele tinha apenas 8 anos quando começou a apresentar sintomas que, com o tempo, resultaram em paralisia em uma das pernas. O diagnóstico foi de paraparesia espástica, uma condição neurológica caracterizada por rigidez e fraqueza progressiva nos membros inferiores. Além disso, Giovanni também enfrenta dificuldade de se comunicar com clareza, uma espécie de disartria. As duas condições, juntas, fazem dele uma pessoa com deficiência múltipla.
Desde cedo, Giovanni enfrentou desafios que exigiram resiliência. A infância marcada por limitações físicas também foi permeada por preconceito e exclusão. Mas o que poderia ter sido apenas um obstáculo tornou-se força para seguir. Hoje, aos 44 anos, ele é assistente administrativo no Centro Universitário Estácio São Luís e vê na inclusão profissional a chave para o resgate da sua qualidade de vida.
“Estar no mercado de trabalho não é só ter um salário. É ter dignidade, respeito e sentir que eu faço parte da sociedade. Isso mexeu muito com a minha confiança e com o meu bem-estar. Eu consigo mostrar que posso contribuir tanto quanto qualquer outra pessoa”, afirma.
