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Modelo de escola bilíngue cresce no Brasil e no MA; benefícios vão muito além da fluência em inglês
Reportagem/Jherry Dell’Marh
Seja bem-vindo! Ou melhor, “welcome”! Afinal, estamos falando de um universo de aprendizado em que os estudantes recebem as boas vindas em mais de um idioma. Essa é a realidade nas escolas bilíngues, que têm ganhado cada vez mais espaço em todo o Brasil. Nos últimos anos, a quantidade de estabelecimentos de ensino desse tipo mais que dobrou, segundo dados da Associação Brasileira de Escolas Bilíngues (Abebi). Em um mundo cada vez mais conectado e competitivo, a educação bilíngue tem se consolidado como um diferencial essencial para a formação de cidadãos preparados para os desafios do século XXI.
De acordo com a Abebi, já são mais de 1,2 mil escolas bilíngues no Brasil. Entre 2014 e 2019, o número de instituições com esse modelo de ensino cresceu cerca de 10%. Muito além da fluência em um segundo idioma, esse modelo de ensino contribui diretamente para o desenvolvimento cognitivo, acadêmico e cultural dos alunos — preparando-os desde cedo para oportunidades no Brasil e no exterior. O Maranhão não fica de fora desse cenário. Por aqui, a tendência também é presente e os benefícios vão muito além da fluência em inglês, conforme explicam os especialistas.
Segundo Robson Castro, diretor pedagógico da Maple Bear São Luís, a fluência em inglês abre portas em diversas áreas, mas o impacto da educação bilíngue vai além da comunicação. “A fluência em um idioma como o é importante no mercado de trabalho, em intercâmbios e possibilita também conhecer pessoas e culturas, mas vai além disso. O aprendizado de uma nova linguagem é a abertura para um novo mundo”, explica o educador.
Ao vivenciar diariamente o ensino em dois idiomas, os estudantes não apenas desenvolvem habilidades linguísticas, mas também ampliam seu repertório cultural e sua capacidade de adaptação a diferentes contextos. “O aluno vai ter repertório maior para se desenvolver em desafios múltiplos, seja em apresentações na vida profissional, seja para defender suas argumentações”, afirma Robson.
OLHAR PARA O FUTURO
Esse olhar voltado para o futuro já é realidade em muitas famílias no Maranhão. O advogado Rodrigo Menezes,por exemplo, decidiu investir cedo na formação bilíngue do filho. “Desde cedo entendi que oferecer esse tipo de educação ao meu filho seria abrir um leque de oportunidades para ele. O Caio, hoje com 12 anos, fala inglês e francês, e isso amplia não apenas as chances acadêmicas, mas principalmente o modo como ele enxerga o mundo”, conta.
Em São Luís, escolas como a própria Maple Bear já adotam um modelo bilíngue desde a educação infantil, apostando em metodologias que integram o idioma ao cotidiano escolar, de forma natural e imersiva. Essa proposta tem conquistado pais que desejam oferecer uma formação mais ampla, que vá além do conteúdo tradicional e prepare os alunos para os desafios globais.
No ambiente acadêmico, a educação bilíngue também impacta positivamente o desempenho em outras disciplinas. Isso porque o aprendizado de um segundo idioma estimula áreas do cérebro ligadas à atenção, ao raciocínio lógico e ao processamento de informações — habilidades fundamentais para matérias como matemática e ciências.
“Aprender um segundo idioma não é somente aprender a língua, mas é a abertura para este mundo cultural que se abre. E também para conexões de regras. Essas mesmas áreas do cérebro também são utilizadas para atenção, raciocínio lógico, e outras funções cognitivas. Por isso, é muito comum vermos alunos bilíngues com facilidade em outras disciplinas”, destaca Robson.
Além dos benefícios acadêmicos, a educação bilíngue contribui para a formação de cidadãos mais críticos, empáticos e preparados para atuar em uma sociedade multicultural. Em um cenário globalizado, saber se comunicar em mais de uma língua, entender diferentes realidades e construir redes de relacionamento são diferenciais cada vez mais valorizados.“Acreditamos muito nessas experiências dentro de um mercado tão globalizado e competitivo como o que a gente vive”, conclui o diretor pedagógico.
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