As medidas de segurança e prevenção contra a Covid-19, já incorporadas à rotina da população, foram muito importantes para evitar a disseminação da doença e se mostram ainda muito necessárias. Os especialistas da Fundação Municipal de Saúde (FMS) alertam para que as pessoas continuem usando máscaras sempre que saírem de casa e mantenham o hábito de higienizar as mãos frequentemente, além de outros cuidados, como o distanciamento social sempre que possível.
O infectologista da FMS e membro do Centro de Operações em Emergência (COE) Walfrido Salmito, explica porque o uso de máscaras, principalmente, se mostrou extremamente eficaz no controle da doença. “A OMS e todas as outras autoridades demonstraram que o uso de máscaras especificamente e isoladamente é capaz de diminuir o número de infectados pela Covid-19. O instrumento retém as gotículas de saliva, principal via de propagação do novo coronavírus, impedindo a transmissão da doença”, disse Salmito, pedindo à população que mantenha o acessório em todas as situações, inclusive se já estiver doente.
O uso da máscara deve ainda seguir alguns cuidados, especialmente no momento de vestir e retirar o objeto, que deve ser feito após higienização das mãos. “Ela deve ficar ajustada ao rosto cobrindo totalmente a boca e o nariz, não devendo ser retirada para tossir, espirrar ou falar, além de ser trocada a cada duas horas ou quando estiver úmida”, orienta a gerente de Vigilância Sanitária da FMS, Jeanyne Seba.
O distanciamento entre pessoas em mais de um metro e meio, distância estimada de propagação de gotículas de saliva, também tem sido adotado e deve se manter em situações de potenciais aglomerações de pessoas, como filas e cadeiras em locais públicos. A população deve ainda priorizar locais bem ventilados ou abertos, caso precise sair de casa.
Outra medida eficaz é o uso de álcool ou água e sabão para a higienização constante das mãos, especialmente antes de levá-las ao nariz, boca ou olhos. O sabão se mostra eficaz no combate à doença porque sua molécula dissolve os envelopes de gordura que envolve os vírus, rompendo-os. Assim, eles perdem sua proteção e são eliminados. Já o álcool na concentração 70% desidrata os vírus quase que imediatamente.
Walfrido Salmito ressalta que a manutenção destes hábitos permitirá que Teresina evite o aumento do número de casos. “Temos visto que em alguns países do mundo está acontecendo uma segunda onda de Covid, com muitos óbitos. Por isso pedimos a colaboração de todos para que isso não aconteça na nossa cidade. Tudo depende do nosso comportamento”, ressalta o infectologista.