O período chuvoso que está se iniciando requer atenção especial em relação ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, por ser uma época propícia para a sua reprodução. Por isso, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) faz um alerta para a manutenção dos cuidados no dia-a-dia da população. Somente este ano, mais de 1,2 milhão de imóveis foram visitados pelas equipes da gerência de Zoonoses.
A gerente de Zoonoses da FMS, Oriana Bezerra, recomenda que os cuidados para evitar o mosquito sejam integrados à rotina da população, em especial aqueles relacionados ao descarte de lixo, que deve ser feito em parceria com o serviço público. “Embora tenhamos uma boa cobertura de retirada de lixo na cidade, ainda vemos pessoas fazendo o descarte inadequado em terrenos baldios e praças. No momento que se inicia o período chuvoso, esse material acaba se tornando um criadouro”, alerta a gerente. “A responsabilidade de mantermos esses ambientes, sejam públicos ou privados, livre de criadouros, é de todos nós enquanto cidadãos”, acrescenta Oriana.
Já em relação ao interior das residências, bem como imóveis comerciais, a gerente de Zoonoses alerta para pontos como calhas e marquises, que estão sujeitos ao acúmulo de água das chuvas. “As pessoas tendem a só observar esses locais quando notam a presença do mosquito ou alguém adoece, então é importante que o morador em ambiente residencial ou os trabalhadores em ambientes de trabalho estejam atentos com o objetivo de manter esses locais livres de criadouros”, orienta.
Dados da FMS mostram que Teresina confirmou, até o momento, 953 casos de dengue. O número é muito inferior ao registrado em 2019, que confirmou 4.495 pessoas com doença no mesmo espaço de tempo. De acordo com Oriana Bezerra, os bons números são resultados das ações de rotina realizadas pelo órgão, que não pararam mesmo durante a pandemia de Covid-19. Ela informa que somente este ano, além da visita aos imóveis, foram recolhidos 47.706 pneus em vias públicas e pequenas borracharias e foram esgotados 404.900 ovos do mosquito em pontos estratégicos como cemitérios, hortas comunitárias, terrenos e sucatas. “Esse trabalho é contínuo e fundamental para evitar a proliferação do Aedes aegypti”, comenta a gestora.
Ela informa que a população pode denunciar pontos suspeitos de formação de criadouros ou solicitar uma vistoria dos agentes de endemias para investigar a presença do mosquito ou seus ovos. Basta entrar em contato com a gerência de Zoonoses pelos telefones 3215-9143 e 3215-9144, ou por meio do aplicativo Colab, disponível tanto para dispositivos Android como iOS.