Mãos contaminadas na boca, além de causar prejuízo aos dentes, podem levar bactérias para a mucosa
De acordo com um estudo publicado em 2018 pela revista PubMed.com cerca de 30% da população mundial rói ou mordisca as unhas, independentemente da idade do indivíduo. A chamada onicofagia, termo técnico utilizado para o hábito de roer ou morder unhas e cantos de dedos, está atrelada à fatores múltiplos que vão desde a ansiedade até vício ou tédio. Entretanto, dentistas alertam para os perigos de quebra, trinca e perda de dentes, geralmente, de forma prematura, ou até mesmo infecções bucais já que as mãos contaminadas podem levar bactérias para a mucosa.
A mesma pesquisa também aponta que 45% dos adolescentes têm o hábito de roer as unhas. Para a coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade UNINASSAU Redenção, em Teresina, Carolina Tavares, a deformação nos dentes, desgaste e alteração de posição são os principais transtornos de quem tem o hábito. “Os dentes da frente e os caninos são os que primeiro recebem o contato com a unha. São os mais afetados e podem até ser fraturados. No público infantil e adolescente a situação pode ser pior, pois nessa fase os dentes estão se alinhando e se tornando permanentes. Além disso, o hábito de roer vai desgastando as peças dentárias ao ponto de mudar a mordida, comprometendo a mastigação, o falar e até o respirar”, explicou Tavares.
Ainda segundo a cirurgiã-dentista essa prática pode não ser simples de tratar e uma equipe multidisciplinar com dentistas e psicólogos devem acompanhar o processo. O negligenciamento da situação é outra questão negativa porque é essencial o estudo do problema para saná-lo pois do contrário, os tratamentos não surtirão efeito e podem piorar o caso. “É imprescindível que as pessoas procurem tratamento com mais de um profissional. Em casos de onicofagia, precisamos descartar as variáveis e estudar causas para traçar estratégias de tratamento. Caso seja ansiedade, um psicólogo deve ser consultado em sintonia com um dentista. Em casos de crianças, um pediatra deve ser consultado também. Já em casos mais severos, com feridas nos cantos de unha e dedos, um dermatologista é indicado”, finaliza.
Várias doenças ou traumas podem acometer o paciente quando o hábito de roer unhas está presente. Retração gengival, mau hálito, cárie, infecções e inflamações bucais são frequentes neste público. Desta forma, a UNINASSAU Redenção oferece atendimento multidisciplinar na área de psicologia, odontologia, fisioterapia, nutrição e estética. Os interessados podem agendar uma consulta pelo telefone/WhatsApp (86) 3194-1819. A Clínica de Saúde da UNINASSAU está localizada na rua Dr. Otto Tito, 1771, em frente ao Hospital de Urgências de Teresina (HUT). Ricardo Mousinho da Assessoria Uninassau