Reportagem/Isadora Fabris
Um dos maiores desafios da cadeia das proteínas animais é o correto suprimento de nutrientes para o perfeito balanceamento da dieta, além de custos compatíveis e garantia da melhor conversão alimentar. No caso das aves, esse desafio é ainda maior no momento de absorver o fósforo disponibilizado na alimentação. “Um dos desafios é que o fósforo oferecido às aves proveniente de fontes vegetais se encontra complexado na molécula do fitato e fica indisponível a elas”, explica Fabio Zotesso, da Auster Nutrição Animal.
Sem a quebra da molécula do fitato realizada pela fitase, as aves não são capazes, por si só, de captar o fósforo fítico oriundo dos ingredientes vegetais e acabam por excretá-lo. Além disso, com a fitase, há menos necessidade de suplementação de fósforo – já que a molécula do fitato interfere na sua absorção. Com o uso da enzima, a redução da inclusão de ingredientes que são fonte suplementar de fósforo fica entre 40 e 60%, dependendo da dinâmica de preços dos insumos que compõem a dieta.
“Essa redução é muito importante porque, com a fitase, a dependência da suplementação de fósforo reduz muito, já que esse nutriente existe na dieta mas está além do alcance do metabolismo das aves. Porém, é crucial incluir a dosagem correta da fitase na alimentação para observar seus efeitos de forma significativa. Isso porque com uma dosagem padrão, apenas parte do fósforo fítico dos vegetais é disponibilizada. Já em superdosing, que representa de três a cinco vezes a dosagem padrão de fitase, experimenta-se a minimização dos efeitos antinutricionais do fitato e a potencial melhoria da eficiência alimentar”, detalha Fabio Zotesso.
Com maior biodisponibilidade de fósforo e outros minerais no organismo das aves, os processos metabólicos são otimizados, resultando em melhoria da mineralização óssea, integridade da pele e patas, redução de miopatias e melhor status imunológico. “Tudo isso potencializa a produtividade. A Auster está sempre atenta a esses resultados no momento de desenvolver soluções para aves”, completa o especialista.
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