O colunista Marcos Silveira divulgou no portal Uol nesta sexta-feira (02/09) uma análise sobre a gestão do prefeito Firmino Filho (PSDB) durante os anos de 2012 a 2020. E fez rasgados elogios.
Na publicação, Marcos Silveira afirma não ter dúvidas de que a gestão tucana melhorou indicadores relevantes para 861 mil teresinenses, apesar do fato da capital do Piauí ser influenciada pelo contexto vulnerável do estado e da região Nordeste. Ao analisar pontos como educação, saúde e saneamento básico Silveira pontua não ter dúvidas de que Firmino deixa um legado para a cidade.
A coluna no Uol faz parte de uma série produzida por Marcos Silveira. O colunista já avaliou a gestão de outros prefeitos como Crivella no Rio de Janeiro, Antônio Carlos Magalhães Neto em Salvador e Edivaldo Holanda Junior em São Luís.
Veja os principais pontos destacadas pelo colunista em Teresina:
ALCANÇOU ÍNDICE DE CAPITAL COM MELHOR EDUCAÇÃO DO PAÍS
Marcos Silveira afirma que na gestão de Firmino Filho Teresina alcançou a significativa marca de capital brasileira com a melhor educação do Brasil e mostra os dados para provar:
- O resultado foi alcançado em 2017, sendo que, em 2019, manteve a posição campeã e melhorou sua nota.
- Por outro lado, as fotografias de 2017 e 2019 ilustram a linha de chegada. Não tramitem a conquista que a gestão promoveu entre 2012-2020.
- Teresina registrava a nota do IDEB de 5,2 em 2011.
- Em 2013, ainda na gestão de Firmino, a nota caiu para 5,0.
- Depois evoluiu de forma exponencial de 2015 a 2019.
- Em 2019, ao chegar no IDEB de 7,4, liderou com folga a melhoria na qualidade da educação entre as capitais. Muito à frente de Rio Branco, com 6,7; Palmas, com 6,6; e Curitiba, com 6,5
Para o colunista, além dos resultados expressivos, o contexto conta bastante, uma vez que Teresina não é a cidade mais rica do país. “Desta forma, a melhoria da educação pública de Teresina é um grande caso de sucesso e que precisa ser estudado, explorado e conhecido ao máximo, para servir de boa prática na gestão pública brasileira”, escreveu.
NÃO PRIORIZOU FASES INICIAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
O colunista apontou que apesar dos bons índices, as primeiras fases da Educação Infantil não foram priorizadas. “A evolução das notas do IDEB em Teresina acompanham uma boa política de pré-escola, para a população de 4 a 5 anos. Entre 2016 e 2019, a cidade opera em uma taxa de universalização do atendimento. Hoje, o número mais recente da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), mostra que a taxa de cobertura de pré-escolas é de 97,9% da população de 4 a 5 anos. Um bom resultado. Por outro lado, a gestão de Firmino não priorizou as fases iniciais de ensino infantil”, diz.
Para embasar o que diz ele mostra mais dados. No período recente, entre 2016 e 2019, a taxa de cobertura de creches para a população de 0 a 3 anos diminuiu. Passou de 32,5%, em 2016, para 27,7%, em 2019, ficando abaixo da média nacional de 35,6%.
CHAMOU GESTÃO EM SAÚDE DE “AMBÍGUA”
O colunista classificou a gestão tucana em saúde como “ambígua”. Isso porque Teresina é a única capital do Nordeste com 100% de cobertura populacional de equipes saúde da família. Essa colocação foi alcançada através do programa Saúde da Família. O programa busca promover a qualidade de vida da população e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação, atenção às gestantes e o consumo de tabaco. Com atenção integral, equânime e contínua, as equipes servem como uma porta de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde).
Apesar da cobertura extensa, Teresina apresentou resultados abaixo do esperado em índices como a taxa de mortalidade infantil e a taxa adequada de programas pré-natais.
As taxas de mortalidade infantil estão acima da média nacional, ao longo dos anos de 2012-2018, segundo o DataSUS. “Em 2018, um total de 198 óbitos de crianças abaixo de 1 ano foram registrados na cidade, produzindo uma taxa de mortalidade infantil de 13,85 a cada 1.000 nascidos vivos, índice ainda superior do que a média Brasil de 12,18”, escreveu.
Silveira também avaliou o percentual de mortes evitáveis do total de mortalidade infantil, indicador onde a média de Teresina também está acima da nacional.
“Em 2018, foram 134 óbitos que poderiam ser evitáveis, caso as mães e crianças tivessem um acompanhamento de promoção de saúde de qualidade, via estratégia saúde da família, como campanhas de imunização, exames pré-natal ou atenção às gestantes e aos bebês na hora do parto. Em termos proporcionais, a cidade registrou 68,72% das mortes de menores de um ano como causas evitáveis, enquanto no Brasil a taxa era de 66,65%”, analisou.
AVANÇOS IMPORTANTES NO SANEAMENTO BÁSICO
Durante a gestão de Firmino, avanços importantes ocorreram na cobertura na administração do saneamento básico da capital, descreve a publicação da UOL. Segundo dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), a população com esgotamento adequado era de apenas 16,33%, em 2012. Em 2018, o indicador evoluiu, atingindo 29,25% da população urbana com coleta.
“A melhoria do indicador é fruto de obras de saneamento que a prefeitura realizou nos bairros São Joaquim e Matadouro, com o Programa Lagoas do Norte. Além do aumento da cobertura de esgoto, o Plano Municipal de Saneamento Básico foi elaborado na gestão de Firmino. Um importante avanço, que deve ser encarado como prioridade para a futura gestão de 2021-2024, atuando sobre os 70,75% da população urbana sem esgotamento”, elogiou. Portal oitoemeia.