Inibir a implementação das políticas públicas no combate à violência contra a mulher timonense, essa é a principal linha de ação proposta pela audiência pública realizada ontem, 07, aprovada dentro da ideia da transferência da Delegacia Especializada da Mulher para funcionar no mesmo prédio com as delegacias, de flagrantes, homicídios e entorpecentes, caso o governo estadual efetive essa proposta em curso e trâmite estrutural em Timon. A lamentável ausência do Ministério Público e de entes do governo estadual não tirou o brilho da discussão sobre o assunto.
Representantes das entidades presentes ao evento como OAB-MA – Seccional de Timon, Coordenadoria Municipal da Mulher, Pacto Pela Paz, dentre outras, defendem que a Delegacia da Mulher deve funcionar em sede e local distintos das outras secretarias. Como a mulher pode se sentir na hora de denunciar violência sofrida num local frequentado por todo tipo de violência. Se denunciar que o companheiro lhe agrediu é tão difícil, imagine num ambiente nada propício ou carregado de violência a todo minuto, manifestou-se uma das mulheres presentes ao evento ao blogdoribinha.
O temor da mulher agredida foi o tom dos demais discursos dos representantes das entidades no evento. A representante da OAB Jordana Torres disse que a instalação da Delegacia Especializada da Mulher juntamente com outras delegacias “fere as diretrizes nacionais e internacionais que a própria Lei Maria da Penha já disciplina”.
Articulado pela Vereadora Professora Cláudia (PMB) o encontro reuniu parlamentares, sociedade civil e membros de sindicatos e secretarias municipais que atuam a favor do público feminino.
Após a fala dos inscritos, e um amplo debate com os representantes e mulheres vítimas de violência presentes, ficou relevante a necessidade de o governo criar uma sede própria para atender as mulheres. Ao final da participação de todas e todos, Professora Cláudia assumiu o compromisso de apresentar as demandas propostas às entidades estaduais competentes.
“Estamos lutando por um espaço adequado para atender as mulheres vítimas de agressão. Não apenas uma estrutura física, mas também um local onde elas possam ser preservadas e acolhidas com atendimento psicológico, por exemplo”, comentou a Vereadora Cláudia.