Reportagem/Juliana Castelo
O câncer de pele é o tipo mais comum entre os brasileiros, representando 33% dos diagnósticos de câncer no país, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Como parte da campanha Dezembro Laranja, a médica Dra. Renata Cardili, professora do Instituto de Educação Médica (IDOMED), alerta sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para combater a doença, que é causada pelo crescimento descontrolado das células da pele.
De acordo com a dermatologista, pessoas de pele clara, ruivos, com olhos claros ou histórico familiar têm maior propensão ao câncer de pele, mas a doença pode afetar qualquer pessoa. “Os maiores fatores de risco estão ligados à exposição solar crônica e ao histórico genético. A radiação ultravioleta que recebemos ao longo da vida é cumulativa, o que torna essencial a proteção desde a infância até a terceira idade”, explica a especialista.
Além disso, a Dra. Renata alerta sobre a necessidade de atenção aos sinais: “Lesões que não cicatrizam, apresentam sangramento fácil ou alteram tamanho, cor e formato devem ser avaliadas por um médico especialista. Em muitos casos, um exame clínico com dermatoscópio e, se necessário, uma biópsia confirmam o diagnóstico”.
Como prevenir?
Para evitar o câncer de pele, a recomendação principal é a proteção contra os raios solares. “Devemos evitar a exposição ao sol entre 10h e 15h, usar chapéus, roupas compridas e aplicar protetor solar com fator de proteção acima de 30, reaplicando regularmente, inclusive em dias nublados. As nuvens bloqueiam apenas parte da radiação ultravioleta, então a proteção é indispensável mesmo quando o céu está encoberto”, orienta a Dra. Renata.
Segundo a médica, os três tipos mais conhecidos de câncer de pele são: Carcinoma basocelular (CBC) – mais prevalente e de baixa letalidade, ocorre em regiões expostas ao sol, como rosto e pescoço; Carcinoma escamoso (CEC) – pode se assemelhar a uma ferida que não cicatriza, apresenta coloração avermelhada e também aparece em áreas expostas e o Melanoma – menos frequente, mas o mais perigoso, costuma surgir como uma pinta de aparência irregular. Detectado precocemente, tem mais de 90% de chances de cura.
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