
Em campanha para viabilizar o Movimento Piauí Livre (MPL), de caráter suprapartidário, formado por lideranças de 10 partidos, o ex-presidente estadual da Federação PSDB/Cidadania, Jorge Lopes, defende política econômica para gerar mais empregos e renda no agronegócio piauiense. Coordenador do MPL, Jorge Lopes informou que o movimento tem como meta estudar um plano desenvolvimentista para o estado, “com observância nas potencialidades ainda desconhecidas”. O político observa que, apesar de toda a riqueza do agronegócio do Piauí, pouco se beneficia o povo piauiense.
Jorge Lopes poderá ser indicado, pelo Movimento Piauí Livre, a pré-candidato ao Senado Federal, provavelmente compondo chapa majoritária com nomes como o do ex-deputado federal José Maia Filho, o Mainha, e o do presidente estadual do Novo, Tonny Kerley. Ainda há uma discussão interna, entre os integrantes do MPL, sobre quem será o respectivo cabeça-de-chapa, ou seja, pré-candidato a governador do Estado nas próximas eleições de 2026. Mas já estão em andamento os debates do grupo em torno dos problemas e respectivas propostas de solução.
A questão do desenvolvimento econômico, portanto, é uma dessas questões em pauta. De acordo com Jorge Lopes, “já ultrapassamos a produção anual de quatro milhões de toneladas de soja, ou seja, comprovadamente temos vocação para sermos um grande produtor graneleiro”. O coordenador do MPL, no entanto, pontuou: “este benefício pouco rende para o nosso povo, pois a maioria das fazendas são pertencentes a excelentes produtores do Sul (do Brasil) que vislumbraram este nicho de mercado”. “Por ser praticamente todo mecanizado (o agronegócio), só rende emprego para meia dúzia de técnicos.”
Fim do Emater-PI
“A bem da verdade, ainda não temos uma ação governamental efetiva voltada para os legítimos piauienses, de forma a capitalizá-los e capacitá-los para que invistam no subproduto da soja, tipo leite, queijo, carne e outros alimentos”, criticou, a respeito da falta de capacitação de técnicos locais. “É crucial lembrarmos a extinção feita pelo governo do PT, do órgão que capacitava o homem do campo, com seus extensionistas rurais, agrônomos e técnicos agrícolas”, declarou Jorge Lopes, condenando a extinção do Emater-PI.
Ainda segundo o coordenador do MPL, o Emater-PI era fundamental, entre outras ações, “orientando na busca de recursos dos agentes financeiros e no melhor aproveitamento dos gêneros alimentícios produzidos no campo”. Jorge Lopes lamenta a extinção do órgão e atribui o baixo aproveitamento econômico do homem e da mulher piauiense, na cadeia produtiva da agropecuária, à inexistência da presença do governo estadual no que se refere a capacitar técnicos e produtores locais. Para ele, isso freiou o desenvolvimento da economia e não promove geração de mais empregos e renda.
Lopes diz acreditar que essa produção deveria ser um “plus” à economia estadual, com oportunidades a milhares de piauienses de ganhar dinheiro com o produto genuinamente “made in Piauí”. “A soja vai para a China, Índia, Estados Unidos, etc., ‘in natura’, e depois volta processada em produtos consumidos em todo o Brasil.” Continuou: “se fossem produzidos aqui mesmo, além desses produtos serem mais acessíveis, seria excelente para os supermercados e seus 200 milhões de consumidores, com inovação alimentar proteica orgânica”. “O MPL tem essa característica, a de estudar e achar soluções.”