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Férias ou revisão? Como manter o desempenho nos estudos em julho sem cair no cansaço

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Na corrida para o Enem, especialista ensina a lidar com cansaço, ansiedade e distrações
Reportagem/Jherry Dell’Marh
Férias escolares? Não para todos. Em São Luís, muitos jovens que estão na disputa por uma vaga na universidade abrem mão do período de descanso no meio do ano na tentativa de não perder o ritmo de estudos e garantir a tão sonhada aprovação. Mas, após vários meses de estudos, o desafio é manter a produtividade mesmo diante do cansaço acumulado.
Em ano de vestibular, a pressão aumenta e a rotina puxada de estudos, provas e simulados pode comprometer não só o desempenho, mas também o bem-estar físico e emocional. “Nosso corpo é uma máquina. Assim como a bateria de um celular, que se esgota com o uso intenso, a energia do aluno também vai diminuindo depois de meses de rotina intensiva. Quando nada quebra esse ciclo, o cérebro sinaliza cansaço. A atenção cai, o rendimento acompanha, e aí surgem a frustração e a queda no desempenho”, explica o professor Leonardo Garcez, do Colégio e Pré-Vestibular Audaz.
O estudante Gabriel dos Santos, de 17 anos, sente na pele essa sobrecarga. “Vou para a escola, volto, almoço rápido e já continuo a estudar. Às vezes fico até meia-noite resolvendo exercícios”, conta. O esforço sem pausas teve o efeito contrário. “Teve uma prova que me deu um branco. Estava tão cansado que parecia que nada entrava na cabeça”, relata.
Leonardo explica que o problema enfrentado por Gabriel tem, inclusive, base científica. A rotina exaustiva e o sono encurtado afetam diretamente a consolidação da memória e a regulação emocional, como alerta o professor.
“Dormir bem é essencial. O sono é o momento em que o cérebro faz um ‘backup’ de tudo que foi aprendido. Sem isso, o aluno fica mais irritado, menos concentrado e mais propenso a esquecer conteúdos. Quem dorme bem tem mais clareza, disposição e equilíbrio emocional”.
A estudante Luísa Costa, de 18 anos, também se prepara para o Enem e outros vestibulares. Para ela, o maior desafio é emocional. “Mesmo com todo o suporte, a cobrança é enorme e o cansaço pesa. Às vezes parece que nunca vou dar conta de tudo”, revela.
Cinco dicas para superar
Para ajudar estudantes como Gabriel e Luísa a manterem a produtividade sem se esgotarem, o professor Leonardo propõe cinco estratégias fundamentais. Veja abaixo.
  1. Estabeleça metas de curto alcance.
“Em vez de pensar só na aprovação, é importante comemorar pequenas vitórias. Terminar um capítulo, entender um conteúdo difícil ou ir bem num exercício já é motivo para celebrar. Isso ajuda a manter a motivação”, orienta.
  1. Alterne ciclos de estudo com pausas para descanso.
“São 50 minutos de foco, seguidos de 10 minutos de pausa para levantar da cadeira e tomar água. Esses pequenos intervalos são fundamentais para o cérebro descansar e continuar produzindo com qualidade”, ensina Leonardo.
  1. Estimule a mente.
A variedade também é aliada do aprendizado: usar marcadores coloridos, gravar áudios explicando a matéria, fazer mapas mentais na parede, transformar o conteúdo em algo dinâmico e estimulante. “Quando o estudo se torna mais criativo, o cérebro responde com mais satisfação e produtividade”, explica.
  1. Busque acolhimento emocional se necessário.
O professor também destaca a importância do acolhimento emocional: “O aluno precisa se sentir ouvido. Quando um estudante chega cansado, ansioso, a gente precisa validar esse sentimento. Está tudo bem se sentir assim às vezes. Cada um lida com a pressão de um jeito, e isso não diminui ninguém”, frisa.
  1. Invista em um ambiente adequado para estudar.
Por fim, Leonardo lembra que o ambiente físico também influencia nos estudos. “Estudar em um local arejado, com temperatura e iluminação adequadas, faz diferença. O corpo também aprende, e um ambiente agradável ajuda a manter o foco e reduzir distrações”.
Na reta final do semestre, entre maratonas de conteúdo, a mensagem que fica é clara: estudar é importante, mas cuidar de si mesmo é essencial. E, como bem mostram os relatos de Gabriel e Luísa, sentir-se cansado ou nervoso não é sinal de fraqueza, mas sim de humanidade. “Com organização, acolhimento e equilíbrio, é possível atravessar o semestre e chegar ao vestibular saúde e confiança”, finaliza o professor.
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