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Mais um BBB começou! Entenda como o confinamento impacta a saúde mental dos participantes

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Reportagem/Juliana Castelo
Mais uma edição cheia de emoções, intrigas e conversas intensas começou. O Big Brother Brasil já está no ar e, por alguns meses vai ser possível acompanhar o dia a dia dos participantes por 24 horas. As câmeras prometem capturar cada movimento na pressão de um jogo que mistura competitividade e desejo por fama. Mas, como fica a saúde mental de quem está jogando? E se fosse você, conseguiria lidar com a pressão?
Ansiedade, estresse, irritabilidade e alterações de humor são características comuns de quem está no reality, em um espaço onde todos são avaliados pelo público a todo momento. “Ficar confinado em um ambiente como a casa do BBB pode ter muitos efeitos psicológicos. Conviver com pessoas com diferentes traços de personalidade em um espaço pequeno pode levar a conflitos pessoais e emocionais. Falta de independência, falta de contato com a família e amigos e falta de privacidade, por exemplo, podem levar à depressão e ansiedade”, explica o professor do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Erickson Carvalho.
O psicólogo analisa como a mudança na rotina dos participantes para se adaptar ao jogo de convivência afeta a mente com mais ou menos intensidade em cada caso. “A vigilância constante e a pressão para manter uma imagem pública podem afetar a saúde mental dos participantes. O autocontrole contínuo pode causar estresse e ansiedade, especialmente ao tentar atender às necessidades do público ou de outros confinados. Esse desejo de perfomance pode levar à autocensura ou à exaustão emocional”, explica.
Por isso, ser autêntico no BBB é sim um desafio e tanto. Mas existem estratégias que podem ajudar a aliviar e servem também para o dia a dia de quem, embora não esteja confinado, passe por situações de grande pressão psicológica. “Proteger a saúde mental é possível praticando técnicas de relaxamento como exercícios respiratórios, meditação ou atividade física, que podem ajudar a reduzir o estresse. Também é importante estabelecer uma rotina para reduzir pensamentos e sentimentos negativos. E claro, encontrar incentivo por meio da comunicação aberta com outras pessoas sobre sentimentos pode ajudar a construir relacionamentos saudáveis”, ressalta.
O acompanhamento psicológico ao sair do jogo também é muito importante para compensar os efeitos do confinamento e da interação social. “A terapia pode ajudar na adaptação ao mundo exterior, no enfrentamento de críticas ou julgamentos e no controle da ansiedade relacionada à fama. Além disso, é importante construir uma rede de apoio de familiares, amigos e profissionais para proporcionar um senso de propósito estável e forte”, finaliza Erickson.
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