‘É hora de as pessoas responsáveis se juntarem para ajudar o presidente Lula a governar o país’, diz o ministro da Defesa
Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro tem atuado desde que foi anunciado no cargo para promover uma transição tranquila nas Forças Armadas. Ciente da existência de divergências de pensamento na caserna, o ministro conseguiu realizar o processo sem deixar que as provocações da ala bolsonarista ganhassem corpo e contaminassem o atual governo.
Nada disso, no entanto, impediu que o velho fogo amigo da esquerda tentasse derrubar o ministro nesta terça, espalhando rumores de que ele renunciaria. Sobre a jogada, o ministro, aliás, divulgou uma mensagem: “É hora de as pessoas responsáveis se juntarem para ajudar o presidente Lula a governar o país”.
Enquanto José Múcio é fritado, Flávio Dino, que sabia de tudo, é poupado. Abaixo, da coluna Cláudio Humberto. da Veja.
Petistas fazem vistas grossas ao desempenho do ministro Flávio Dino (Justiça), chefão da Força Nacional e da Polícia Federal, e centram fogo em José Múcio Monteiro, titular da Defesa, pelo vandalismo em Brasília. Depois de vazarem a falsa renúncia de Múcio, criticam o Batalhão da Guarda Presidencial por “falha grave” na defesa do Palácio do Planalto. O batalhão é do Exército, portanto, ligado ao Ministério da Defesa. Já Dino, tem sido acusado de não adotar providências, apesar de ter sido avisado do risco de badernaço.
Mágoa antiga
José Múcio não é querido por petistas, que não perdoam o irretocável voto dele, então ministro do TCU, condenando as pedaladas de Dilma.
Vale tudo
No tiroteio contra Múcio, petistas dizem que ele “cozinhou” manifestantes na porta dos quarteis. Mas o direito à manifestação é constitucional.
Mais culpados
A guarda é coordenada pelo GSI, que não tem boas memórias da gestão petista. Dilma o defenestrou em 2015, tendo Temer o reativado em 2016.
Estabilidade
Lula, que precisa mais do ministro do que o ministro dele, diz que Múcio fica. Não deve mudar a Esplanada até a reunião dos 100 dias de governo