O deputado estadual Alexandre Almeida (PSDB) não deverá anunciar seu sucessor eleitoral em Timon para o cargo que deixa de disputar este ano. O deputado deverá subir no palanque de todos os candidatos ao cargo, em Timon, que participam do seu grupo ou que estavam com ele na disputa eleitoral para prefeito da cidade, em 2016.
Alexandre Almeida também não deverá anunciar essa decisão ou estratégia política oficialmente, mas nos bastidores, seus aliados mais próximos entenderam a sua decisão e os sinais de sua estratégia politica visando buscar o apoio à sua candidatura ao Senado Federal pelo partido dos tucanos.
Com a decisão de não apresentar um apoio formal a esse ou aquele candidato, Alexandre Almeida espera contar com o apoio dos pré-candidatos a deputado estadual em sua empreitada política e mais que isso, aos candidatos que defendem outros nomes, Alexandre espera no mínimo, com sua decisão de neutralidade, o segundo voto para senador em Timon e até em outras bases eleitorais como contrapartida por sua decisão e estratégia política.
Alexandre Almeida, com sua decisão, não deixa órfão ninguém, mas sim dá uma demonstração de conjunto e união em busca de um projeto amplo para o grupo de oposição.
Um dos primeiros indicativos de que não iria apontar nenhum nome como candidato a deputado estadual e apoio restritamente, foi quando reuniu todos no palanque de lançamento de sua candidatura e oficialização de sua filiação ao PSDB. A partir outros sinais foram dados pelo deputado que agora estão sendo entendidos, primeiro por seu grupo de aliados mais restritos, pelo seu partido, pela opinião pública e pela população.
Outro sinal claro de que não ia escolher nenhum dos pré-candidatos a deputado estadual em Timon para apoiar foi o convite feito pelo deputado ao vereador Anderson Pêgo para ser o coordenador de sua campanha ao senado. Anderson seria o candidato natural de Alexandre Almeida para deputado estadual, por motivos óbvios.
Aos pré-candidatos cabe agora avançar dentro desse contexto de apoio complexo e a todos para saber quem efetivamente será o herdeiro da maior parte dos mais de 17 mil votos sufragados na eleição de 2014 quando Alexandre foi o segundo mais em votado em Timon e eleito para a cadeira na Assembleia Legislativa desbancando o candidato do prefeito Luciano Leitoa e de Flávio Dino, seu primo Rafael, que viu a vaga lhe sumir entre os dedos e ficar na primeira suplência apesar de ter sido o mais bem votado na cidade.