Cerca de 100 pessoas que tiveram contato com os pacientes infectados com a variante indiana do coronavírus em São Luís (Maranhão) estão sendo rastreadas e serão isoladas e testadas. A informação foi passada pelo secretário de Saúde do estado, Carlos Lula, ontem, quinta-feira (20).
Hoje, o secretário confirmou que seis pessoas que estavam em um navio indiano vindo da África do Sul que está ancorado no Maranhão estão com essa variante da covid-19. Três desses pacientes saíram do navio para receber atendimento médico na capital maranhense e são as pessoas que tiveram contato com eles que estão sendo observadas agora.
No domingo, o governo já havia dito que um indiano de 54 anos deu entrada em um hospital privado de São Luís, na sexta, com covid-19. O diagnóstico já estava confirmado, mas foi preciso fazer um sequenciamento do genoma para identificar a cepa do coronavírus, confirmando se tratar mesmo da B.1617. Ele é um tripulante do navio MV Shandong da ZHI, que por conta do surto não recebeu autorização para atracar.
‘Preocupação Global’
Médicos e cientistas têm demonstrado preocupação com a variante indiana B.1617, que teria capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus. Ela foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “preocupação global”.
Nesta última semana, o governo Jair Bolsonaro decidiu proibir voos internacionais com origem ou passagem pela Índia, país que enfrenta uma crise decorrente de uma alta recorde de casos e mortes por covid-19. A proibição se soma a restrições da mesma natureza relativa a voos do Reino Unido e África do Sul.