Se dependesse somente dos votos conseguidos em Timon, indubitavelmente, Rafael Leitoa não seria eleito, pela primeira vez, deputado estadual do Maranhão. O deputado obteve 26 mil 794 votos, 58 por cento da votação geral de todo o Maranhão e insuficientes para exercer a titularidade do mandato a partir de 2019. Rafael Leitoa obteve em todo o estado 45 mil 462 votos.
É claro que essa votação impulsionou a grande conquista de seu mandato. Isso é lógico. Mas pela análise que faremos para colocar os méritos devidos da vitória do deputado a seu próprio empenho, basta observar que o deputado teve mais desgaste na cidade que votos propriamente ditos. Além é claro, do esforço de seu tio o ex-prefeito Chico Leitoa mais a militância dos dois partidos bases de suas ações políticas, o PDT e PSB, e seus aliados de outras siglas, Rafael fez das obras do governo Flávio Dino suas grandes ações para chegar à quantidade de votos que obteve em Timon.
As bandeiras de lutas de Rafael Leitoa foram a reforma do Caic de Timon para abrigar a Escola Militar com milhares de alunos, a reforma ou construção do Ginásio Francisco Carlos Jansen, o início das obras de reforma e restruturação da Ceasa de Timon, o despejo do Programa Mais Asfalto nas ruas da cidade. Todas obras carimbadas com convênios do governo do Estado defendidas por ele e conseguidas de seu principal aliado, o governador Flávio Dino, que impôs a todos os deputados de mandato a participação em “chapão” com nove partidos disputando vagas entre si, mas com as condições dadas a todos, claro que com as devidas proporcionalidades.
Desde a formação do chapão, ou melhor, mesmo a partir da sua articulação para formalização dentro do processo eleitoral para 2018, que Rafael Leitoa começou a trabalhar, dentro de Timon efetivando obras e compromissos com o governador buscando assim tirar os desgastes da gestão de seu primo Luciano Leitoa, que atrasou salários, não fez sequer uma obra com sua assinatura e de quebra vive perseguindo servidor público efetivo e contratando em demasia e aumentando salários de seus apaniguados políticos. Além é claro, de uma gestão sem obra estruturante, sem incentivo à economia e com grande concentração de renda em nome de empresas e amigos seus.
Portanto, a eleição de Rafael Leitoa, com votos dentro e fora de Timon têm seus próprios méritos. É logico e podemos reafirmar isso, que seu primo, como presidente de partido e com influência em nível estadual, poderia tê-lo ajudado, mas se formos medir seu esforço nesse sentido, observamos que no frigir dos ovos ele mais atrapalhou que ajudou, mesmo porque se sabe, que o fato de no passado, em 2014, quando Rafael Leitoa precisava de menos votos para conseguir sua eleição, até hoje se atribui ao prefeito Luciano a fato dele não ter conseguido votos suficientes em Timon para se eleger e amargar uma primeira suplência boa parte do mandato, apesar de ter assumido a vacância por licença de deputado e no final com a morte de Humberto Coutinho, a titularidade.
O exemplo de luta do deputado deve servir para outros que almejam cargos eletivos. Todos podem dizer que ele teve a força da máquina publica, sem dúvida, mas o que relatamos aqui foi seu espírito de luta e de articulação política que mesmo sabendo que poderia ser prejudicado devido aos desgastes buscou de forma ofensiva se garantir de todas às condições para se efetivar no cargo em não restar mais dúvidas de sua liderança e poder de articulação, mesmo sabendo que sua vida política ainda depende em parte ao seu mentor intelectual, político e profissional.