spot_img
spot_img

Mais de 40% dos alunos de Ensino Médio pensaram em desistir de estudar em 2020

spot_img
Compartilhe:

Pelo segundo semestre consecutivo, o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) realizou a pesquisa ‘Juventudes e a Pandemia’, onde foram divulgados dados a respeito da evasão escolar de adolescentes e jovens que cursam o Ensino Médio. Dentre as causas, psicopedagogos pontuam o desconhecimento das ferramentas do ensino remoto para muitos alunos e o desemprego dos mantenedores familiares.  

A doutora em Educação e professora de Pedagogia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Leila Medeiros, explica que a pesquisa foi realizada com cerca de 68 mil alunos de todo o Brasil, trazendo a problemática de diversas regiões e realidades. Segundo Leila, os principais impasses são a falta de acesso a equipamentos e a queda das rendas nos lares. “O adiamento e suspensão de aulas exigiu a retomada dos encontros de forma virtual, o que impactou a relação dos alunos com os estudos, ainda que seja a ferramenta mais propícia e inclusiva. A partir daí, emergem as situações de falta de disciplina e de interesse para aulas remotas, além dos estudantes que têm necessidades especiais e, com certeza, precisaram de auxílio especializado”, disse a pedagoga.  

O desemprego afetou grande parte das famílias brasileiras, contrariando a permanência e retorno para as salas de aula. Leila Medeiros explica que, os problemas nos lares, sejam financeiros ou não, repercutem na aprendizagem e na disposição de continuar estudando. “Infelizmente, 38% dos que foram entrevistados abandonaram a escola porque precisaram ajudar na renda familiar. E 8% do total afirma que, ainda que se finalize a pandemia, não retornarão a estudar. Um retrato grave, que terá implicações futuras sérias e com reflexos prolongados. Precisamos de ações estratégicas para melhorar esse cenário: apoio pedagógico especializado para adequação ao ensino híbrido ou remoto e políticas públicas que garantam a segurança dos jovens, no sentido de existir uma renda básica para eles, minimizando as distrações durante este período”, finaliza a professora Leila Medeiros.  

Ainda que o ensino remoto esteja alcançando mais alunos, pela melhoria da acessibilidade em termos gerais, a vacinação em massa torna-se a principal alternativa para um ambiente saudável para educadores e estudantes. Quase metade (47%) dos entrevistados acreditam que o maior incentivo para o retorno às aulas é a completa imunização dos funcionários e alunos. Dessa forma, os impactos serão minimizados e as perspectivas futuras se tornam mais favoráveis para todos os alunos. Por Ricardo Mousinho da ASCOM Uninassau

Compartilhe:
spot_img

Talvez você queira ler também

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Propaganda

spot_img

Propaganda

spot_img

Relacionados

- Propaganda -spot_img
- Propaganda -spot_img

Últimas

Mais de 5 mil famílias voltam a ter água tratada em Timon após execução do projeto Religados

Desde março deste ano, o projeto Religados vem mudando a realidade de milhares de moradores de Timon que estavam com o abastecimento suspenso. Em...

Santander abre novo ciclo de contratação de assessores no Maranhão para reforçar time de investimentos

Vagas são para atuar no Santander AAA nos municípios São Luís e Imperatriz ■ MARANHÃO, Novembro de 2025 - Diante do crescimento na demanda de negócios...

Schnneyder emplaca indicado seu na Chefia da 10° Ciretran em Timon

A 10ª Ciretran de Timon passa por uma mudança estratégica no seu comando. O governador Carlos Brandão nomeou, no dia 13, o agente de...