Se levarmos em consideração que 59,77 por cento dos votos dados aos demais candidatos contrários e adversários da candidata do Grupo Leitoa, o governo de Timon amarga uma soma de 51 mil 373 eleitores que disseram não à gestão do Prefeito Luciano Leitoa e que não querem Dinair eleita em sua cidade.
Os números revelam que o modelo de governo de obras em época de eleição e inacabadas, além do envolvimento em atos de corrupção, foi rejeitado pelas urnas na cidade timonense.
Se serve do consolo a eleição da ex-secretária Dinair, tia do prefeito, também de alerta para o grupo, que venceu, com uma diferença de somente 375 votos deixando um gosto de fel na boca de todos os leitoístas.
Se no aspecto geral foi assim, uma rejeição e uma vitória com o sabor amargo, para os principais defensores do governo o gosto ainda é pior, pois embora comemorem a vitória da prefeita Dinair, os homens da linha de frente foram derrotados pelo povo sem direito ao retorno à Câmara de Timon com titular.
Defensores absorveram a rejeição
José Carlos Assunção (PSB), por exemplo, líder do governo e que tinha um de seus cabos eleitorais indicados para ser o secretário de Educação com a saída de Dinair, perdeu feio e não conseguiu se eleger.
Jair Mayner, outro defensor ferrenho da gestão também sofreu com desgaste do governo. Do mesmo partido do líder do governo, Mayner ficou na segunda suplência e, ambos a partir de 2021 irão precisar da benevolência dos titulares para reassumir lugar no plenário José Ribamar Elouf. Para generalizar ainda mais esse desgate do governo, o PSB, que na eleição passada fez 4 vereadores, em 2020 perdeu uma cadeira e com relação aos votos, de uma eleição para outra, o partido do prefeito perdeu na legenda mais de 4 mi votos.
Tuá a grande surpresa
Apontado antes da eleição como vaga certa no retorno à Câmara, o vereador Tuá não se reelegeu e perdeu feio. Dos 1 mil 650 votos na eleição passado, o decano da Câmara se despede do poder legislativo com a pífia votação de 563 votos. O MDB não conseguiu sequer fazer o coeficiente eleitoral.
Torres se despede
O vereador Francisco Torres, eleito em 2016 com 1 mil e 096 votos, em 2020, Torres 1 mil e 12 votos e não conseguiu se reeleger perdendo a vaga para Celso Tacoani do PCdoB.
Eleita em 2016 pelo PMB com 1 mil 551 votos numa coligação governista, Cláudia Regina se despede do mandato com 1 mil 82 votos e seu partido, o PV, não conseguiu fazer o coeficiente eleitoral para conseguir uma vaga na Câmara.
Adão da Ceasa
Os eleitores de Timon deram o troco às incoerência do vereador Adão da Ceasa e consequência disso foi sua não eleição e uma votação desastrosa. Em 2016, Adão foi eleito com 1 mil 66 votos, este ano, devido suas atitudes dúbias, ele obteve 449 votos.