O presidente da Câmara de Timon, vereador Uilma Resende vem sendo aconselhado por seus pares para que exerça sua prerrogativa de magistrado e evocar de todos que fazem parte das ações e atividades Legislativas uma postura que tenha reflexo positivo no Poder Legislativo para evitar que cenas como as que ocorreram ontem, 1, atinjam a todos e principalmente à Casa, que é caixa de ressonância das aspirações e anseios da população. Vereadores ouvidos pelo blog ontem, manifestaram essa preocupação com o momento.
Sobre o episódio lamentável, o presidente da Câmara Uilma Resende ao ser perguntado sobre uma crítica de que ele tinha dado vazão à fuga de um dos envolvidos no episódio, Uilma disse que saiu da Câmara em seu carro com um de seus assessores e que não existe envolvimento dele no caso, mas admitiu que além das atuais medidas, novas providências serão adotadas, em comum acordo como todos os 21 vereadores, no sentido de garantir maior segurança no exercício do cargo e de suas atividades dentro da Casa, disse.
Muitos dos vereadores, independente de lados políticos, se sentiram constrangidos com a situação que envolveu o ex-vereador Anderson Pego, esposo da vereadora Alynne Macêdo, PSD e o vereador Thiago Carvalho, DEM, que foram as vias de fato e se engalfinharam dentro das dependências da Câmara.
Através de suas assessorias, os vereadores enviaram a este jornalista suas versões diante dos fatos que levaram ao ocorrido, mas apesar das justificativas, as cenas são injustificáveis aos que exercem ou exerceram cargos de natureza pública com mandatos eletivos conferidos pela população.
Versão de Anderson Pego
Segundo a assessoria da vereadora Alynne Macêdo, após o discurso que do vereador Thiago Carvalho, que motivou toda confusão, o vereador “Não se achando satisfeito ao final da sessão o vereador foi até onde estava o ex-vereador Anderson Pego que estava sentado do lado do vereador Kaká do Frigosa conversando no sofá e sentou no meio dos dois sem ser convidado. E ficou com deboche provocando o ex-vereador Anderson Pego que após pegar uma cotovelada do vereador Tiago Carvalho revidou a agressão, relata a assessoria, provocando assim todo tumulto.
A assessoria da vereadora Alynne Macêdo enviou uma imagem do vereador Thiago Carvalho sentado ao lado do ex-vereador Anderson Pego que teria sido tirado momentos antes da confusão.
Versão do vereador Thiago Carvalho
De acordo com realess enviado pela assessoria do vereador Thiago Carvalho, ele teria sido agredido pelo marido da vereadora assim que saiu da sessão e se dirigiu à sala que dar acesso ao plenário
“Por conta do meu questionamento sobre as sucessivas faltas da vereadora (esposa de Anderson Pêgo) para fazer viagens particulares, ele me agrediu fisicamente. Estava na anti-sala do plenário aguardando o coronel Araújo para tratar sobre o lockdown quando as ameaças e agressões começaram. Eu não reagi, pois sou uma pessoa que preza pela paz e não fui eleito pelo povo de Timon para brigar, mas sim para defender os interesses das comunidades”, argumenta Thiago Carvalho.
O vereador, segundo a nota enviada por sua assessoria, criticou a postura do presidente da Câmara Municipal de Timon, que segundo a nota, viabilizou a saída do agressor, evitando assim o flagrante. “O marido da vereadora estava escondido no gabinete para não ser preso em flagrante e infelizmente o presidente da Câmara agilizou a saída dele pelo portão de trás. Lamento muito e repudio essa postura do presidente da Câmara Municipal de Timon, pois ele fez um decreto para que as pessoas não tivessem acesso à Câmara para evitar aglomerações. Então quer dizer que o povo não pode entrar para fazer pedidos, mas o esposo da vereadora pode?”, questiona o Thiago Carvalho.
Ameaças de morte
Em seguida, diz a nota, o vereador Thiago Carvalho seguiu para o 1º Distrito Policial de Timon, onde registrou um boletim de ocorrência contra o ex-vereador Anderson Pêgo em virtude das agressões. “Fui procurar a Polícia para que ela possa tomar conta do caso, pois eu fui agredido e ameaçado de morte e tenho medo pelo que possa acontecer, pois o ex-vereador também é ex-policial e só anda armado”, acrescenta Thiago Carvalho.
Opinião pública é a favor do trabalho
No que tange à opinião deste jornalista, e da opinião pública, que presenciou durante ao longo de sua carreira episódios lamentáveis dentro do legislativo nas legislaturas passadas, esperava-se que na atual legislatura, que teve uma renovação de mais de 60 por cento das cadeiras com relação à legislatura passada, que fatos desta natureza não viesse mais a ocorrer, mesmo porque existe uma mudança de postura do eleitor, que elegeu pessoas novas, com novos pensamentos e que muitos candidatos hoje eleitos, usaram as brigas do passado como plano de campanha para negar o trabalho dos vereadores junto à população, além disso, a população garantiu a participação maior das mulheres como representatividade, excluindo alguns dos machões briguentos da atual legislatura.
No que pese ao exercício dos mandatos dos dois vereadores, que direta e indiretamente, estão envolvidos na pendenga, tanto Alynne Macedo quanto Thiago Carvalho, ambos, vêm realizando até aqui um excelente trabalho com ações e discursos voltados para os temas mais recorrentes como transporte público e segurança e, que a população espera dos dois é exatamente isso, o envolvimento nas questões da cidade e nas soluções dos seus problemas como forma de garantir que a população deixe o estado crítico em que vive por falta do apoio do executivo. Quanto à função de cada vereador, de seu papel, isso cabe à Corregedoria da Casa, que deve ser convocada sempre que os vereadores não estejam agindo de acordo com o seu juramento de posse, que é o de servir ao povo sempre. E quanto as pessoas que frequentam a Casa, independente de seus graus de parentescos ou afinidades com os edis, que elas se mostrem mais preocupadas com as questões estabelecidas durante as campanhas, onde cada um a seu modo, entrava na casa do eleitor para pedir seu voto e garantir que no exercício dos mandatos aquele representante seria atuante e que as querelas de campanha, picuinhas de briga por votos, de apoios, sejam esquecidas até que se inicia uma nova eleição se daqui a dois ou quatro anos.