A automedicação é uma prática comum da população brasileira e que teve um aumento significativo durante o período pandêmico. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), 77% dos brasileiros consomem fármacos sem nenhuma orientação médica, o que traz riscos e danos à saúde. Farmacêuticos também alertam para a utilização na dose e posologia correta dos medicamentos orientados, visto que a má administração também torna o paciente mais vulnerável às intoxicações e erros em geral.
Dentre os riscos da automedicação, o farmacêutico e coordenador do curso de Farmácia da Faculdade UNINASSAU, campus Redenção, Roberto Gomes, ressalta que a intoxicação é a mais perigosa. Segundo Gomes, os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios são os mais citados em casos de internação por superdosagem ou automedicação. “Após recebida a receita com os fármacos, a dose e a posologia devem ser administradas de forma correta. Percebemos que, durante esse período de pandemia, as pessoas têm ingerido medicações desnecessariamente e, muitas vezes, em altas doses. Inclusive, o número de pacientes internados por intoxicação cresceu vertiginosamente, principalmente após superdosagem de analgésicos”, explica Roberto.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinito), mais de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil em razão de intoxicação. A maioria das ocorrências está
Um outro alerta está relacionado à ingestão de analgésicos por pessoas que queiram tirar a própria vida. Segundo o Sinitox, o último levantamento realizado no Nordeste, em 2017, revelou que mais de 200 casos de internação tiveram como causa a ingestão proposital com fins suicidas. Para reforçar as ações de promoção de bem-estar social, a Clínica Escola de Saúde da Faculdade UNINASSAU Redenção realiza atendimentos psicológicos para a população em geral. Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira e os interessados devem agendar a consulta pelo número (86) 3194-1819. Por Ricardo Mousinho, da assessoria Uninassau.