Com um minuto de silêncio dedicado aos garis pelo seu dia, transcorrido na semana passada e em especial ao trabalhador Francisco Pablo, que em 2015 morreu atropelado pela própria caçamba em que trabalhava na coleta inadequada do lixo em Timon, será realizada na próxima quinta-feira, 24, a partir das 9hs, no Plenário da Câmara de Timon, audiência pública para discutir a situação de trabalho da categoria em Timon, que vive momentos alternados de atraso de salários e falta de condições de humanas de trabalho.
A audiência será realizada, coordenado e presidida pela Comissão de Direitos Humanos, presidida pela vereadora Cláudia Regina (PMB) e tem propositura do vereador Progressistas Ramon Junior, que elencou uma série de fatores para serem discutidos durante a audiência, mas afirma que o rumo que a proposta terá será decidida pelos presentes à audiência, pois segundo o vereador, por mais que tentamos discutir esse assunto em torno do trabalho e das angústias deles, somente os garis podem dizer como realmente se sentem, pois a tarefa de recolher o lixo de milhares de moradores não é fácil e em Timon chega a ser desumano, disse o vereador Ramon Junior.
Entre os representantes convidados para discutir toda problemática do trabalho dos garis em Timon, foram convidados o secretário de Saúde do município Marcio Sá, representantes do Sindicato dos Trabalhadores de Empresa de Asseio, Conservação, Limpeza Pública, Edifícios, Condomínio Residenciais, Comerciais e Mistos, Lavandarias do Estado do Maranhão – Sinteacma, representantes da Mega On Soluções Ltda – ME, do Ministério Público do Trabalho e Policia Rodoviária Federal, além de representantes da sociedade civil interesses em abordar a problemática dos garis em Timon.
Esse é um assunto que vem se arrastando e sendo evitado pela gestão municipal, pois ele incomoda o governo que fala institucionalmente em “humanização” do trabalho, mas na prática as ações públicas são diferentes da propaganda na TV. Garis adoecem, sofrem e até morrem com acidentes de trabalho, as péssimas condições de trabalho, os veículos inadequados, a insalubridade pelo serviço precário e de alto risco e ainda a convivência com a contaminação e as doenças. Não queremos empurrar mais tudo isso para debaixo do tapete, precisamos discutir com quem sofre com esses problemas e com quem pode ajudar e auxiliar para melhorar as condições de vida e trabalho dessa categoria e para que tudo que foi discutido não seja mais uma vez desobedecido e desacatado vamos ficar vigilante, disse Ramon Junior, autor da proposta da audiência.