É com clima de grande expectativa que a Câmara de Timon, logo mais às 9hs, realiza a eleição para escolha da nova Mesa Diretora, que a partir do resultado de hoje comandará os trabalhos da Casa Legislativa, para o biênio 2019/2020 da legislatura 2017/2020 composta por 21 vereadores eleitos na eleição municipal de 2016.
A expectativa girou-se em torno do próprio processo eleitoral, que a partir de fevereiro do ano passado, quando numa reviravolta sensacional um grupo cinco dissidentes resolveu se unir aos sete vereadores de oposição para derrotar o candidato apresentado à época pelo prefeito Luciano Leitoa como favorito para vencer a disputa.
A partir de então, o governo, com controle total dos cargos da Mesa desde 2013, vinha revezando entre os nomes dos governistas, e passou a não admitir a derrota para enveredar como manobras para que que a eleição não se realizasse em fatos descritos e acompanhados pelo blog durante esse período até a data de hoje.
A briga entre oposição e situação, lados políticos dominantes, pela direção da Câmara, tomou conta de todo os aspectos da cidade e é o assunto mais comentado em todos as rodas durante todo esse tempo. Mas é comportamento do governo Leitoa, da base governista, que o eleitor tem acompanhado com maior ênfase, pois vencedor em todos os pleitos que participou, o grupo Leitoa está prestes a amargar o gosto de féu de sua primeira derrota.
Composta por 11 dos 21 vereadores, a chapa de oposição liderada pelo noviço vereador de primeiro mandato Helber Guimarães (PEN), conseguiu permanecer unida para ganhar o pleito, enquanto que a base do governo sequer conseguiu apresentar entre seus pares legítimos um nome capaz de convencer e vencer o pleito corporativo e teve que fazer acordo com um candidato da oposição, de dentro do G-12, para apresentar um nome e emprestar-lhe o apoio de nove vereadores.
A expectativa pela realização do pleito é tamanha devido as manobras empreendidas pela base do governo com o controle da Mesa até o último dia 31 de dezembro de 2018, que na iminência perda do poder fez de tudo para não realizar o pleito, descumprindo ordens judiciais e rasgando o Regimento Interno e Lei Orgânica para se manter à frente do poder e ganhando tempo para a cooptação de votos da oposição para ter novamente controle da mesa, o que de fato não aconteceu.
Diante da situação e de acordo com os últimos passos dados pela base do governo, que não compareceu a primeira convocação da atual Mesa Diretora, apesar dos apelos do prefeito Luciano Leitoa e se omitiu de votar o Orçamento para 2019, prejudicando o governo municipal, resta saber se hoje os vereadores terão a postura de comparecer à Câmara e permanecer de cabeça erguida diante do fato inevitável de uma derrota, afinal os exemplos estão para ser seguidos em frases dos grandes lutadores como Napoleão Bonaparte: “Quem teme ser vencido tem a certeza da derrota” ou como Abraham Lincoln: “O campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer”, ou ainda, “Há derrotas que têm mais dignidade que a própria vitória”, do pensador Julio Borges.
Pelo sim e pelo não, os vereadores que fazem parte de um grupo de articulação do G-11, passaram o dia monitorando, além dos próprios vereadores do grupo, as ações dos vereadores da base para ter certeza da sobre a realização do pleito dentro dos preceitos constitucionais e evitar dissabores e manobras de última hora que possam impedir a realização da eleição e até as primeiras horas de hoje nenhum movimento contrário à realização da eleição foi detectado, assim como também não existe a possibilidade de haver um resultado contrário ao que vem sendo anunciado desde de fevereiro com a vantagem da vitória nas mãos da oposição.