Base fragilizada conversas de rateio de cargos dos vereadores que romperam com o governo em favor dos que ainda ficaram na base e dificuldade para aprovação de projetos de interesse do prefeito Luciano Leitoa, de Timon, foi o tema da entrevista com o vereador José Carlos Assunção (PSB), hoje pela manhã, na Câmara, após reunião onde os vereadores discutiram a suspensão da verba indenizatória atendendo recomendação do Ministério Público.
BDR-Vereador José Carlos diante do quadro hoje em que se apresenta a Câmara com essa divisão já patenteada, com cinco vereadores que deixaram a base e os nove que ficaram, o senhor que é o líder do governo admite que existe realmente agora uma fragilidade dentro da base?
José Carlos Assunção: “Na verdade não vejo desta forma, nós somos nove hoje da base, mas nove que realmente têm um posicionamento consolidado com relação à sustentação do governo. Quanto aos companheiros que resolveram sair, decisão deles, acho que ninguém é obrigado a ficar onde não está se sentindo bem, porém o governo tem tido algumas conquistas mesmo sendo nove, até porque a Câmara, independentemente da composição partidária ou política dela, nós temos o compromisso de votar o que bom para a cidade e, graças a Deus nós temos conseguidos alguns sucessos, outros ainda não, embora buscando o entendimento entre os 21 e me parece que tem melhorado no sentido de entendermos que acima de tudo é cidade, as pessoas”.
BDR-Então o senhor acha que quando o governo quiser conquistar algum voto de necessidade nas votações ele vai buscar esse entendimento no Grupo dos 5.
José Carlos Assunção: “Assim quando vem um projeto para a Câmara que é de interesse da sociedade, o governo é quem faz esse encaminhamento, dependendo da matéria que é apresentada, certo. Uma vez que chega aqui na Casa, nós, eu como líder do governo procuro mostrar para os companheiros a importância da aprovação daqueles projetos, então vale cada companheiro avaliar, formar sua opinião e votar. Tenho percebido que alguns companheiros, independentemente da ala política que pertença eles têm começado a entender a importância que é alguns projetos para a cidade de Timon e nós temos tido sucesso. Então o governo manda a matéria e fazemos um trabalho de conscientização da importância e acredito que inclusive, existe uma matéria que esta chegando a esta Casa nos próximos dias, antes do recesso, que estou com plena confiança que nós iremos conseguir a aprovação até porque é coisa boa para cidade, uma coisa boa para as pessoas, então alguns vereadores tem tido esse entendimento, até porque a política a gente faz na época, no na eleição, e nesse momento nós temos que ter o compromisso de votar o que é bom para a cidade e nós entendemos e que é importante para a cidade. Respeitar e divergir os votos de alguns companheiros isso aí faz parte do parlamento”.
BDR-Voltando um pouco, tem uma matéria que tramitou na Casa, que foi a questão do horário de funcionamento do comércio. Essa matéria não conseguiu ser aprovada porque o governo não teve maioria. O senhor chegou a admitir num aparte que o governo não tem maioria, então como fica. Pois o senhor fala que pode aprovar, mas matérias passadas não foram aprovadas. Esse entendimento é a partir de agora¿
José Carlos Assunção: “Não, matéria como aquela do funcionamento vejo mais como uma questão política, infelizmente, alguns companheiros entraram no campo político daquela matéria. Porque na verdade, a lei que tem hoje do Código de Postura de 2014 é uma lei arcaica, município nenhum hoje não se deixa proibir o funcionamento do comercio em sábados, domingos e feriados, e Timon está na contramão deste momento, então a lei era só para adequar à realidade. Até porque lhe digo com sinceridade se eu fosse um empresário, e chegasse num município para me instalar e lá tivesse uma lei que não poderia funcionar sábados, domingos e feriados, e somente numa consonância com o sindicato da categoria, eu jamais abriria minha empresa porque isso me causa uma insegurança jurídica e essa é a lei que veio aqui para a Câmara, mas o governo está tranquilo, as coisas estão funcionando e acredito que logo depois que passar toda essa questão da eleição de governador, deputado e senador as coisas tendem a avançar melhor e nós acreditamos que no futuro nós iremos conseguir aprovar esse projeto”.
BDR- Vereador já existe o rompimento dos cinco vereadores, com perda de cargos. Existe já uma proposta dentro do grupo dos nove de ratear esses cargos que vão ficar vagos para compensar algumas perdas dos vereadores que ficaram na base¿
José Carlos Assunção: “Primeiro eu acho muito comprometedor vereador dizer que tinha cargo no governo. Eu não tenho. Até porque eu não posso ter esse compromisso com o governo, sou uma pessoa que tenho meu voto independente e a votação que faço aqui é por opinião e por convencimento. Então, é um pouco complicado de dizer que o vereador saiu, saiu alguns aliados dele. Num consigo entender, até porque os vereadores que estão na base do governo é entendimento de eleição de grupo onde fomos eleitos todo mundo juntos, tá certo. Descontentamento, isso vai sempre ter o parlamento é assim mesmo”.
BDR -Mas o senhor acredita que existe dos nove agora que pode haver um aproveitamento maior do governo com a saída desses cinco?
José Carlos Assunção: “Não, não vejo aproveitamento com relação à cargo não, até porque não existe cargo no governo aos vereadores que estão aqui na base. Nós apenas fomos eleitos com o governo, defendemos a política implantada no município acreditando que uma boa política e que está funcionando bem”. (Clique e ouça a entrevista).