O vereador Ramon Junior (PP), vice-presidente da Câmara Municipal de Timon, protocolou ontem, 28, no Ministério Público Estadual, através da 5ª Promotoria Especializada de Timon, que tem como titular o promotor Sérgio Martins, denúncia contra o ex-presidente da Câmara José Uilma Resende, que exerceu dois mandatos consecutivos como presidente da Casa findados em 2018 passado.
De acordo com a denúncia – recheada de fotos, documentos e vídeos obtidos pelo blogdoribinha -, o ex-presidente efetuou pagamento total de uma obra na Casa Legislativa que não tem serventia e que a construção foi superfaturada. Segundo informações que constam na denúncia: “o processo licitatório 002/2017 feito pela Câmara Municipal de Timon, através de seu ex-presidente Wilma Resende, foi realizado de forma irregular e com indícios de superfaturamento. O contrato foi celebrado na data do dia 08 de janeiro de 2018 com a empresa Manutenserv – Obras de Controle de Pragas Ltda, no valor de R$ 106.905,11 e o ex-presidente vereador Wiilma efetuou o pagamento total da obra em dezembro do ano de 2018 como se a mesma estivesse finalizada e em perfeitas condições de uso”, diz a denúncia.
A obra a que se refere o vereador seria a construção de salas onde funcionariam os gabinetes para os novos vereadores, que deveriam se instalar a partir de 2017 com o aumento do número de cadeiras na Câmara, mas que até hoje alguns desses gabinetes não funcionam devido à falta de condições estruturais. De acordo com Ramon Junior, os gabinetes estão sem condições de uso com paredes rachadas, teto desabou e a obra vem causando danos ao erário público.
Obra contratada por construtora foi executado por pedreiro
Na denúncia protocoloda no MPE, o vereador Ramon Junior diz que a empresa Manutenserv – Obras de Controle de Pragas Ltda não possui acervo técnico para realizar este tipo de obra e que a mesma foi sublocada de forma irregular e coube à sua execução por um pedreiro de nome “Neto”, que é responsável por um restaurante na cidade de Timon.
Documentos sumiram
Ainda segundo a denúncia do vereador, o processo licitatório, o contrato e projeto de engenharia da obra não foram entregues entre os documentos que deveriam constar nas documentações da Casa executadas pelo ex-presidente Uilma Resende quando este deixou o cargo de presidente.