Um argumento pífio em forma de “artigo omisso” do qual o presidente da Câmara de Timon Uilma Resende (PDT) se prevalecia para usar a tribuna na hora quem bem quisesse e pelo tempo que ele mesmo desejasse durante as sessões plenárias, pode ter sucumbido, na sessão de hoje, 20, diante das pressões dos vereadores de oposição, que exaltados impediram que o presidente falasse e “bel prazer” somente e por conta da condição de Presidente da Casa.
Com sensatez, o vereador Henrique Junior (PMN), após intermináveis bate-boca e empurra-empurra, com líder do governo José Carlos Assunção (PSB), Ivan do Saborear (PTB), na mesa respondendo pela presidência e o próprio Uilma Resende fazendo de tudo para garantir sua fala fora dos ritos e trâmites normais, disse que o mais prudente é a observância do regimento e adoção de medidas em concordância, porém, como a liderança da oposição sempre fala antes da liderança do governo com tempos estabelecidos, em acordo de cavaleiros, seria prudente que o presidente da Casa também fizesse sua inscrição para o “grande expediente” assim como os demais vereadores as fazem sempre que quiseram usar a tribuna para seus discursos, buscou a coerência Henrique Junior, em parte ao presidente.
Uilma Resende se prevaleceu desse “artigo omisso” em sua primeira gestão quando presidente da Casa na legislatura passada. Com a maioria folgada pela qual foi eleito e mais o apoio da bancada do governo lhe dando sustentação, o vereador pedetista não estava nem aí para seus pares quando queria desferir seus discursos, sempre arrogantes e prepotentes e da forma que lhe bem convém.
No ano passado, eleito presidente, o vereador, com maioria também se utilizava dos “artigo omisso” para falar na hora que bem entendesse, mas a conjuntura política da Casa mudou. A partir deste ano e tanto a base quanto Uilma Resende não governam mais com maioria e sua fala como presidente vinha sendo questionada, principalmente pelos vereadores Anderson Pego (PSDB) e Ramon Junior, que faziam barulho solicitavam o cumprimento do regimento sem sucesso, mas que no grito impediram em parte o discursos raivosos do presidente da Casa. Com isso, a partir de então, sua fala passa a ser questionada sempre que ele quiser usar a tribuna se prevalecendo da “omissão do regimento interno”.
O vereador Juarez Morais (SD), que na semana passada registrou em ata o nome “Lula” no sobrenome político, também se manifestou afirmando que o clima está intolerável no legislativo timonense e que o não uso do regimento para barrar os ânimos acaba interferindo nas discussões dos projetos em favor do povo. Por isso, disse Juarez Lula da Silva, “enquanto o regimento não for posto em prática me reservarei o direito não comparecer a esta Casa”, disse o vereador se retirando do plenário.
O vereador Uilma Resende, no final atropelou mais uma vez regimento e criticou o presidente Ivan do Saborear por não ter tido pulso e contra seus opositores. “Se o senhor não fez eu vou fazer, serei o corregedor e o presidente e irei usar o regimento”, disse mais uma vez Uilma Resende vestido de sua arrogância habitual. (Veja o vídeo da confusão no nosso perfil no youtube. Se inscreve e ganhe um jantar romântico na Churrascaria Rodeio).