A passagem de Roseana Sarney por Timon não foi despercebida como desejava os opositores da ex-governadora do Maranhão. Como ela mesma disse no seu discurso, “no Maranhão tenho milhões de amigos e são por eles que decidi colocar meu nome mais uma vez”, reafirmou a Guerreira como é chamada por seus seguidores.
Durante o lançamento, ontem, 16, da candidatura da ex-prefeita e atual vereadora emedebista Professora Socorro Waquim a deputada estadual, Roseana foi aguardada por mais de duas horas pelos simpatizantes, correligionários, aliados e milhares de pessoas que “não arredaram o pé” do Mega Hall antes de ver e ouvir a Guerreira, que já enfrentou inúmeras cirurgias passou pelos cargos políticos mais importantes no governo federal como senadora e ministra nos governos petistas.
A ex-governadora tem simpatia de sobra para queimar com os simpatizantes e aliados e até quem não é simpático partidariamente à Roseana fez questão de esticar o pescoço para vê-la nas ruas e no entorno do Mega Hall ou dar uma espiada e ouvir com atenção aos discursos da ex-governadora no espaço.
Em seu discurso, Roseana reclamou do corte de programas sociais que eram executados em seu governo e que beneficiavam milhares de cidadãos maranhenses com isenção e descontos nas contas de energia e água. Em Timon, a ex-governadora lembrou que investiu na construção de avenidas e pontes e destinou mais de 80 kms de asfalto para a mobilidade urbana da cidade, mas esqueceu do citar sua maior obra: o polo empresarial, que foi inaugurada por ela e o prefeito Luciano Leitoa no final de seu governo, em 2014, mas foi abandonado pelo governador Flávio Dino.
“Hoje um elefante branco sem nenhuma empresa instalada e que poderia estar gerando emprego e renda para a população de Timon, mas foi transformado em um matagal e sem habitantes”, lembrou a candidata Socorro Waquim à ex-governadora.
Dinheiro para os adversários
No seu governo, Roseana Sarney também ajudou seus adversários políticos. Ela destinou, em 2014, à Fundação Cidadania, braço politico do grupo Leitoa, mais de 2 milhões de reais para a manutenção de projetos na entidade controlado por Chico Leitoa e sua família. No governo Flávio Dino, a fundação ainda não foi agraciada com recursos.