Assim como determina a Lei Orgânica do Município de Timon em seus artigos 25 e 27 que fala do funcionamento da Câmara Municipal de Timon em caso de vacância do cargo de presidente e com o término do mandato do presidente Uilma Resende (PDT), eleito para exercer o cargo até 31 de dezembro de 2018, e não tendo se constituído a Mesa por conta da não realização da eleição, a vereadora Professora Socorro Waquim (MDB) assumiu o cargo hoje, 01, para dar continuidade aos trabalhos legislativos da Casa, interrompidos desde o último dia 17, quando o presidente suspendeu a sessão por conta da falta de acordo entre os vereadores na votação da Lei Orçamentária Anual/2019.
A presidente convocou a imprensa, em sua casa, para uma entrevista coletiva, em que explicou quais serão os atos que ela deverá adotar para voltar a normalidade o legislativo de Timon. Ele disse que convocará o vereador Anderson Pego (PSDB) para secretariar os trabalhos a partir desta quarta-feira (02), quando colocará em discussão a LOA e para isso tem mantido contato com os demais vereadores para a realização da sessão.
Segundo a Professora Socorro, em ato contínuo ela deverá publicar o edital de convocação para que seja realizada a eleição da Mesa Diretora, que após a publicação do edital tem prazo de 48 horas para inscrição das chapas e realização do pleito.
De acordo com a vereadora, antes deixar o cargo ela fará um relatório ao presidente eleito da Casa para que seja feita auditorias e inventários que ele ao receber saiba o que está recebendo e a partir daí faça um planejamento para os próximos dois anos, relatou a presidente.
Na entrevista a vereadora também foi perguntada sobre declaração do ex-presidente Uilma Resende, que se utilizou de entrevista numa emissora de TV de Teresina para afirmar que quando vereador teria votado a favor de empréstimo em favor da gestão de Socorro Waquim quando ela era prefeita para que a gestora fizesse o pagamento de salários atrasados de sua “desastrosa” gestão, como frisou Uilma durante a entrevista.
Socorro disse que “termina se misturando as coisas, vejo que o vereador Uilma quando cita meu nome, tenta puxar o governo, ele esquece só um pouco de 2004, quando o ex-prefeito Francisco Rodrigues de Sousa (Chico Leitoa) deixou o governo e eu recebi em 2005 com seis meses de salários atrasados e nós pagamos todas as folhas deixadas em atraso pelo Chico Leitoa. Fala-se de salários atrasados, nunca omiti isso, nunca me escondi atrás de uma cortina para dizer que não atrasou. Atrasou. O governo Dilma teve dificuldade de passar recursos nos últimos meses do último ano do meu segundo mandato e eu deixei o dinheiro depositado em conta. Infelizmente, foi solicitado um bloqueio pelo ministério público, o juiz concedeu , os funcionários não receberam porque a partir de primeiro de janeiro de 2013 assumiu o prefeito Luciano Leitoa que deveria fazer o pagamento e não fez e sofreu e vem sofrendo uma série de processos judiciais, precatórios que aumentou o custo disso para a prefeitura. Agora diferentemente de hoje, que desde o ano passado já vem o atraso de salários, de fornecedores, enfim, e com uma grande diferença: entreguei sete mil casas, mais de 1 milhão e 600 mil metros quadrados de calçamentos, a saúde funcionava, sai do governo onde o legislativo tinha uma certa unicidade, entendimento, não era a mesma coisa, existia oposição e situação, mas existia um entendimento por que se existia respeito com o legislativo. A falta de respeito foi o que fez hoje esses 11 se rebelarem foi essa falta de respeito do executivo com relação ao executivo, pois nunca tivemos um diálogo, nem oportunidade”, disse Socorro.
“Quanto a esse empréstimo que ele (Uilma Resende) fala, infelizmente esse empréstimo não foi realizado. Era um empréstimo, na época, que o Banco do Brasil estava oferencendo às prefeituras para que elas pudessem modernizar o setor administrativo e preparamos todo o projeto e precisaria ser autorizado pela Câmara, porque está na lei, qualquer convênio ou empréstimo que o prefeito quiser fazer tem que pedir autorização, a Câmara não pode dar carta branca para prefeito sem analisar. O prefeito tem empréstimos aprovado pela Câmara que ainda se materializaram e nós podemos até nesses próximos dois anos está apreciando algum pedido de empréstimo dele para o município e o que vai importar e se vai ser para viabilizar e investir no município em ações importantes para a pessoas. Então eu acho isso muito pequeno, falta de argumento, que o ex-presidente me permita dizer. Isso é falta de argumento. Então, estou como vereadora, não só eu como todos os vereadores cumprindo nosso papel, mas acho que falar do meu governo é esquecer que o governo que está terminando agora está condenado justiça coisa que nunca fui”, finalizou Socorro Waquim