Um áudio, que o blogdoribinha teve acesso, enviado a grupo de whatsapp, na véspera da eleição, ou seja, no dia 4, à noite, pelo vereador Francisco Torres (MDB), candidato à presidência da Câmara apoiado pelo governo Luciano Leitoa, de Timon, poderá atrapalhar a investida da base que quer anular os atos da Câmara na Justiça. No áudio Torres admite que: “nossa chapa não conseguiu avançar para ter a quantidade (votos) suficiente, a gente também descobriu que na lei que foi votada o orçamento, foi votada de forma errada, então o edital de convocação da eleição da Câmara, também vai ser automaticamente cassado. Então, amanhã vai ter a eleição o grupo do vereador Helber vai estar lá para votar nele, ele vai ser eleito, porém poderá ter problemas daqui a poucos dias”, diz o vereador antecipando as decisões e lançando mão das estratégias do governo Leitoa na véspera do pleito.
De acordo com o vereador Torres, o governo adotara como estratégia na véspera, primeiro, questionar judicialmente a votação do Orçamento de 2019, que aconteceu em sessão extraordinária no último dia 02, e que foi aprovado pelos vereadores oposicionistas e em segundo plano da estratégia governista, o vereador diz que a justiça poderá “cassar” a eleição que deu a vitória ao candidato oposicionista ocorrida ontem.
Segundo o áudio do vereador Torres, a situação para Helber Guimarães poderia ficar complicada, pois a justiça poderia “cassar” a votação do orçamento e anular a eleição dele, que seria eleito no dia seguinte, ou seja, no dia 5, ontem, quando houve a eleição marcada por edital como determina o Regimento Interno da Casa e Lei Orgânica do Município e que o vereador se elegeu presidente da Casa por 11 votos e que apesar de haver em trâmite um mandado de segurança expedido pelo Juiz Plantonista Simeão Pereira e Silva, através de pedido dos vereadores da base, conforme dizia o candidato na véspera, não conseguiu cumprir seu objeto pelo oficial de justiça e impedir todos os atos da mesa.
Todo o rito dos atos da presidente interina Socorro Waquim e pelo secretário nomeado Anderson Pego, de acordo com a lei orgânica, sobre as duas votações, registrados em atas, áudios e vídeos, conforme determina a Lei Orgânica seguindo o preceitos de autonomia da Casa, além do áudio do vereador e mais prints de conversas de um assessor do vice-prefeito João Rodolfo (PCdoB), que também teria antecipado, em conversas subjetivas, em grupo de whatsapp, publicadas na véspera da realização do pleito, a decisão judicial de ontem, fazem parte dos argumentos que serão utilizados pelo presidente eleito da Câmara vereador Helber Guimarães caso ele venha ser questionado em sua legitimidade no cargo. Os pedidos de anulações e os questionamentos sobre a votação do orçamento de 2019, dia 2 e a eleição da Mesa, ontem, foram encaminhados à Justiça pelo Ministério Público atendendo a pedido feito pelos vereadores da base. O MP, na véspera, segundo vereadores ouvidos pelo blog, tentou fazer um acordo entre as partes envolvidas no imbróglio, mas não conseguiu, e o caso foi parar nas mãos do juiz.
Ontem, em votação cronometrada dentro do plenário, Helber foi eleito presidente da Câmara, juntamente com ele foram eleitos os vereadores: Ramon Junior (PP), primeiro Vice-Presidente; Kaká do Frigosá, segundo Vice-presidente; Cláudia Regina, primeira Secretária e Adão da Ceasa, segundo secretário. Após a eleição, a vereadora Professora Socorro Waquim, que respondia interinamente pela Presidência desde o dia primeiro de janeiro por ser a vereadora mais idosa, conforme diz o regimento, fez a transmissão do cargo ao presidente eleito Helber Guimarães.
Assim que foi empossado no cargo, Helber Guimarães concedeu entrevista e disse que seu primeiro ato seria o cumprimento do Regimento da Câmara e a Lei Orgânica do município e disse anunciou uma reunião com as comissões e os 21 vereadores para definir pautas e estratégias que serão adotadas para o biênio 2019/2020.
Veja a sessão de eleição da mesa.