É da boca do vereador decano da Câmara de Timon que saem os discursos, falas e reflexões mais centrados e balizados sobre a atual situação da oposição em Timon, que iniciou o mandato com sete vereadores eleitos das correntes políticas que apoiaram Alexandre Almeida em 2016, e em 2018, no decorrer da atual legislatura conseguiu estabilidade para somar 12 vereadores com a chegada de cinco dissidentes do governo Leitoa, e, hoje, não se sabe quantos realmente são, se levarmos em consideração os discursos, as votações e aprovações de projetos de interesse do governo que contrariam classes e categorias dentro do sistema público municipal.
Acompanho as falas do vereador Luis Firmino de Sousa (Tuá), que deu provas de que tem capital eleitoral para se eleger em qualquer grupo: governo ou oposição. Portanto, individualmente é o vereador, que não podemos dizer que tem a reeleição garantida, mas independente para onde for, tem maior possibilidade de se reeleger para um novo mandato que boa parte dos neófitos, que ainda terão que ralar muito em busca de votos para fazer a principal tarefa no próximo processo eleitoral sem coligações proporcionais: a legenda partidária.
Tuá, que poderia estar se lixando para o que vem ocorrendo com a pós-existência da oposição em Timon, tem dito aos seus interlocutores, lideranças políticas, imprensa e ao próprio grupo esfacelado que o individualismo não vai levar a lugar nenhum, muito pelo contrário, abre chances para que o atual governo, comandado pelos Leitoas, eleja mais um membro da família para ficar no poder por mais quatro anos.
A consciência de que o momento eleitoral para a oposição não é bom, assinala Tuá, porque está faltando diálogo, condução de um projeto e consciência do grupo sobre a possibilidade reais de que juntos a vitória no próximo ano é uma possibilidade, pois os ventos sopram à favor da oposição e contra o governo, que tem pagamento de fornecedores há mais de nove meses de atraso, salários de servidores atrasados, investigações de corrupção que colocam o prefeito com bens indisponíveis e sentenciam a perda do mandato e dos direitos políticos, além do discurso do prefeito que desde sua primeira gestão está esvaziada, mas que ninguém foi capaz de demonstrar as incoerências administrativas e políticas de Luciano Leitoa.
O discurso do Tuá deixa claro que com o individualismo absoluto reinando dentro do grupo com cada um cuidando de seus interesses não funciona e que a hora é de conversar de articular, pois o governo ciente do que vem acontecendo está na espreita e mesmo com nomes que significam o fundamento da oligarquia pode vir qualquer candidato dependendo de que como a oposição vai se apresentar, mas certo de que se continuar desunida tem a possiblidade maior de fazer o sucessor.
É a experiência quem fala….