Mesmo com a redução do fluxo de veículos na capital durante a pandemia da Covid-19, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) alerta para o cumprimento da Lei Seca, que completa 12 anos nesta sexta-feira (19). Além dos riscos aos condutores que dirigem sob efeito de bebidas alcoólicas e substâncias psicoativas, o aumento de acidentes pode comprometer a ocupação dos leitos de UTI durante a pandemia.
De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), campanhas de conscientização sobre a Lei Seca são necessárias para preservar a vida de motoristas de caminhão e ônibus, motociclistas, ciclistas, entregadores por aplicativos e, ainda, profissionais da saúde, limpeza e segurança pública que continuam trafegando pelas vias.
A gerente de Educação no Trânsito da Strans, Samyra Motta, alerta para que os condutores da capital tenham cuidados redobrados durante a pandemia, afinal, quanto menos acidentes, mais leitos de UTI estarão disponíveis para atender a população durante a crise da Covid-19. “Os 12 anos de existência da Lei Seca refletem as muitas vidas que foram salvas desde a sua implementação. Mesmo com o isolamento social, precisamos continuar conscientizando a população para que, se puder, fique em casa e não dirija sob efeito dessas substâncias”, completa.
O tema sempre foi frequentemente tratado nas ações educativas realizadas pelo projeto Vida no Trânsito, que é organizado pela Gerência de Educação no Trânsito da Strans e leva conscientização para empresas, escolas e faculdades da capital. Além disso, antes da pandemia, também eram realizadas as Blitzen Todos Pelo Trânsito, que ocorriam sempre entre as quintas-feiras e domingos, fruto de uma parceria com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PI).
A Lei Seca
A Lei 11.705, sancionada em 2008, ficou mais conhecida como Lei Seca por reduzir a tolerância no nível de álcool no sangue de quem dirige. A legislação anterior permitia a ingestão de até 6 decigramas de álcool por litro de sangue (o equivalente a dois copos de cerveja), mas a nova lei diminuiu significativamente esse número. Atualmente, o nível máximo permitido é de 0,05 mg/l. Na fiscalização, os condutores devem soprar no bafômetro para verificar a quantidade de álcool no ar que é expelido.
Desde sua aprovação, a Lei Seca provocou grandes mudanças nos hábitos da população brasileira. Diversas campanhas de conscientização mostram os riscos de dirigir sob a influência e há um grande empenho do poder público em realizar blitz e autuar aqueles que descumprirem a legislação, garantindo a segurança de todos no trânsito.