A Prefeitura de Teresina gasta mensalmente com a limpeza de galerias, bueiros e bocas de lobo um total de R$155 mil. O investimento alto neste tipo de serviço representa o grande desafio da gestão municipal com a limpeza urbana. E, com a chegada do período chuvoso, as ações são intensificadas para evitar e minimizar o alagamento das ruas da cidade.
De forma preventiva, a Prefeitura de Teresina, por meio das Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs), realiza diariamente ações de limpeza e, especialmente nos meses que antecedem as chuvas, esse serviço é intensificado com o intuito de garantir o perfeito escoamento das águas pluviais e impedir que o material sólido retido durante as chuvas cause maiores transtornos aos teresinenses.
Para limpar e desobstruir as 123 galerias, 10 canais e 10 lagoas na zona norte da cidade, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano SDU Centro/Norte gasta por mês aproximadamente R$60 mil reais. O trabalho de limpeza é feito diariamente e, em alguns casos, as equipes precisam voltar em menos de uma semana para retirar o lixo deixado pelos moradores.
“O acúmulo de lixo e de resíduos, somados à falta de consciência da população, geram prejuízos aos cofres públicos e problemas para os próprios cidadãos. Tudo que é descartado em terrenos baldios e nas ruas, com a chuva é jogado nas galerias, o que traz um problema maior para os moradores. Portanto, além do serviço de limpeza feito pela Prefeitura, é muito importante também a consciência do cidadão em não jogar lixo em local inadequado”, afirma Márcio Sampaio, superintendente de Desenvolvimento Urbano Centro Norte.
Na região sudeste é feito um investimento de cerca de R$ 36 mil mensais na limpeza e recolhimento de resíduos nas 21 áreas de canais de concreto, canais naturais e galerias, além de bueiros e bocas de lobo situados em vários bairros da região.
“E agora que está iniciando o período de chuvas, iremos incluir na programação de limpeza uma rota a cada 10 dias para a desobstrução de galerias. Nesses lugares costumamos encontrar muitos resíduos como animais mortos, plásticos, pneus, garrafas e outros. Ou seja, além dessa sujeira impedir o perfeito escoamento das águas, também contribui para a proliferação de doenças, o que pode ocasionar problemas relacionados à saúde pública”, relata Isau Pereira, gerente de Serviços Urbanos da Superintendência de Desenvolvimento Sudeste.
Na zona sul da cidade, a gestão municipal tem um gasto mensal de cerca de R$ 30 mil com a limpeza de galerias e bueiros. Isso representou um investimento total de mais R$ 350 mil no ano de 2019 neste tipo de serviço. Além disso, outros recursos foram utilizados por conta da necessidade de recuperação de galerias.
Para o superintendente de Desenvolvimento Urbano Sul, Paulo Lopes, uma boa parte destes recursos não precisaria ser utilizado neste trabalho caso a população descartasse corretamente o lixo doméstico. “Quando o lixo é jogado nas ruas, ou deixado nas portas fora do dia e horário do dia da passagem do caminhão da coleta, a possibilidade de ser arrastado para dentro das galerias é bem grande. E o recurso gasto com essa operação de limpeza sai do dinheiro dos impostos e poderia ser revertido em outros benefícios para a população”, lembra.
Na zona leste existem 73 galerias e bueiros que funcionam como facilitadores da passagem de água nessa região. A ação de limpeza de galerias, bocas de lobo e a conservação e desentupimento dos bueiros faz parte da programação de trabalho da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Leste e soma um investimento de aproximadamente R$ 29 mil, mensalmente.
Durante o ano todo, a gerência de Serviços Urbanos da SDU Leste tem realizado mutirões de limpeza em galerias e bueiros. “Já realizamos a limpeza preventiva, durante o ano, mas agora quando começa o período chuvoso intensificamos esse trabalho tão importante. O foco é desobstruir o local por onde a água passa, tirando o lixo e os resíduos que possam gerar alagamento”, explica Renato Lopes, gerente de Serviços Urbanos da SDU Leste.