A Câmara Municipal de Timon aprovou por unanimidade, durante a sessão plenária desta segunda-feira, 08, o Projeto de Lei que regulamenta a apreensão de animais de médio e grande porte soltos em vias públicas e áreas de livre acesso nas zonas urbana e rural do município. A proposta, votada favoravelmente por todos os vereadores presentes, estabelece critérios claros para circulação, guarda e responsabilidade dos proprietários, com o objetivo de reforçar a segurança viária, prevenir acidentes e organizar o espaço público.
O texto aprovado proíbe a permanência e circulação de animais como bovinos, equinos, asininos, muares, ovinos, caprinos e suínos soltos nas ruas, avenidas, estradas vicinais e margens de rodovias. A norma determina que animais encontrados em desacordo com a lei serão apreendidos e encaminhados a local apropriado definido pelo Poder Executivo.
Entre as principais medidas, o projeto prevê:
-
Notificação ao proprietário com prazo de 48 horas para retirada dos animais;
-
Multa diária em caso de descumprimento, calculada com base no salário-mínimo;
-
Apreensão e remoção forçada, após cinco dias, se persistir a irregularidade, com custos integralmente arcados pelo infrator;
-
Prazo de sete dias para recuperação do animal apreendido, mediante identificação do proprietário, comprovação de posse legítima e pagamento de multas e despesas de manutenção;
-
Possibilidade de leilão, doação ou abate sanitário, caso o animal não seja reclamado após o prazo legal.
A lei também estabelece responsabilidades administrativas, como fiscalização por parte da Superintendência de Limpeza Pública e Urbanização, Guarda Municipal, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Secretaria de Trânsito e Secretaria de Meio Ambiente. Além disso, prevê registro detalhado dos animais apreendidos, penalidades em caso de reincidência e responsabilização civil e penal por danos causados.
Todos os valores arrecadados com multas e procedimentos serão destinados a um fundo específico para manutenção dos serviços de apreensão, guarda, transporte e cuidados necessários.
O presidente da Câmara, vereador Uilma Resende, destacou que a decisão equilibra os interesses dos pequenos criadores com a necessidade de garantir segurança à população. Segundo ele, embora o tema seja sensível, a prioridade foi proteger a vida humana. Com a aprovação, a expectativa é de que o Poder Executivo municipal adote as condições necessárias para que a lei seja efetivamente cumprida.
O projeto segue agora para sanção do Poder Executivo Municipal.








