O rei da sofrência, título que Pablo ganhou Com o seu sucesso inesperado pelo Brasil, ele se destaca e vem a cada dia preenchendo a sua agenda com eventos e mais eventos, com quase 15 anos de carreira, dez discos e quatro DVDs lançados, o de 29 anos, tem seus hits cantados por fãs apaixonados em todo o Norte e Nordeste do Brasil.
“Sofrência na Bahia é uma coisa gostosa”, “É aquela sensação de dor de cotovelo, de quem perdeu o amor, mas quer reconquistá-lo. Sofrência é a sensação de estar apaixonado”, explica. “Todo o mundo vai viver a sofrência algum dia, quer queira ou não. A sofrência nunca acaba. É a dor da paixão proibida. Ela faz parte do cotidiano de todo o mundo.”
O rei da sofrência, ironicamente, garante que nunca sofreu por amor, já que tudo em sua vida foi conquistado muito cedo. “Comecei a cantar seresta aos seis anos com meu pai em barzinhos na cidade de Candeias (a 45 km de Salvador). Com 15 anos eu me casei e estou com a mesma mulher até hoje. Tenho dois filhos e, antes dos 18 anos, já tinha comprado meu próprio apartamento”, lembra.
O cantor explica, ainda, o que é o arrocha, o outro estilo musical que o tornou conhecido. Segundo ele, é uma seresta “com um pouco mais de suingue”. A expressão, segundo ele, surgiu porque, durante os shows, ele gritava “arrocha!” para os casais que dançavam coladinhos músicas como “Pecado de Amor”, “Baby”, “A Casa ao Lado”, “Quase me Chamou de Amor”, ” Fui Fiel”, ” Malhado e Gostoso” e “Homem Não Chora”.
Embora o sucesso de Pablo seja indiscutível, já que é capaz de arrastar multidões e, não raro, arrancar lágrimas das fãs, o cantor ainda não é tão famoso no Sul e no Sudeste do país. É claro que tem fãs nessas regiões, mas seus shows ainda estão restritos a locais dedicados ao gênero, tais como o Centro de Tradições Nordestinas e casas de show como o Wood’s e o Villa Country, na capital paulista.
O desconhecimento do cantor, no entanto, não o impede de sonhar alto e de fazer planos para uma futura carreira internacional. “Já conquistei um espaço grande no mercado. Quero tentar a carreira no exterior, nos Estados Unidos. Mas antes vou terminar de conquistar o Brasil”, disse.
Para Pablo, tudo tem a hora certa de acontecer. “Sou agradecido a Deus pela carreira que tenho”, afirma. “Antes, meu cachê era de R$ 50. Hoje meu show custa R$ 200 mil. Tenho uma megaestrutura, com dois ônibus, carreta e caminhão”, revelou.
Em conversa, ele comenta que é muito vaidoso, “Vou muito para a academia. Sou vaidoso. Cuido do meu cabelo e uso maquiagem”, diz. As roupas também são cuidadosamente escolhidas, e o visual é inspirado em Zezé Di Camargo, ídolo do cantor.
“Não tenho personal-stylist. Me inspiro no Zezé, tanto na aparência como na forma de cantar. Ele sempre me incentivou. Na minha vida, eu tenho que agradecer primeiro a Deus, à minha família e, depois, a Zezé Di Camargo & Luciano.”
Edição: Veja Timon
Via: UOL