De acordo com informações, o delegado Rogério Ferreira, da Central de Flagrantes, informou que o bebê estava enrolado em um saco de lixo. O gari achou estranho e, quando abriu a sacola, viu que tinha um corpo dentro.
O gari, segundo o delegado, foi quem acionou a polícia. O corpo de bebê foi encaminhado ao Instituto Médico Legal e passará por perícia cadavérica.
O caso que está sendo analisado será encaminhado ao 4º Distrito Policial.
Após buscas Polícia Civil de Timon identificou a mãe do bebê, ela foi presa ainda ontem e declarou, em depoimento, que colocou a criança no lixo “porque não estava preparada para ser mãe”. O delegado Humaitan Oliveira informou que o bebê nasceu saudável e morreu-provavelmente, por asfixia.
De acordo com o delegado, Ana Nubia Almeida da Silva negou, a princípio, ter colocado o filho no lixo, inclusive, disse que desmentiu a gravidez. Contudo, após ser submetida a exame clínico pericial foi constatado o parto e a realização de um procedimento de curetagem feito no hospital Alarico Pacheco, última sexta-feira (15).
Em depoimento, a suspeita contou que o parto ocorreu durante um banho e que, em seguida, enrolou o filho em uma toalha e o deixou no banheiro até resolver colocá-lo em um saco e depois em uma lixeira próxima na esquina da sua casa.
Ana Nubia Almeida é solteira e trabalha como artesã e também vende comida na porta de casa.
O caso ainda está sendo investigado e ainda não há confirmação se o crime será caracterizado como infanticídio ou homicídio doloso. Contudo, o delegado regional de Timon, Humaitan Silva de Oliveira, revelou que há fortes indícios de que o crime foi premeditado.
“Colhemos informações de que ela tentou ocultar a gravidez. Mesmo sendo uma mãe experiente, não fazia o pré-natal e disse que estava com um mioma que havia estourado e por isso procurou o hospital. Ela apresentou muitas contradições. Quando confirmou a gravidez disse que estava de quatro meses… ela não confirma que matou, mas que não queria o filho, pois não estava preparada. Temos fortes indícios de que tudo foi premeditado”, disse o delegado.
Ana Nubia Almeida da Silva tem 40 anos e morava com um filho de 20 anos e mais dois filhos menores de idade. O delegado frisa que há vários questionamentos a serem esclarecidos.
“Ela diz que teve o bebê no banheiro e o deixou enrolado numa toalha. A casa só tem um banheiro e como ninguém viu? Sem contar no mau cheiro. Ela tem dois filhos pequenos, e outro maior de idade que tem 20 anos. Ainda não ouvimos ele e será investigado isso também, se teria ajudado na ocultação”, disse Humaitan.
A caracterização do crime em homicídio doloso ou infanticídio vai depender da perícia médica que indicará se ela estava ou não em estado puerpero.
Edição: Veja Timon
Via: Cidade Verde