As últimas inovações serão apresentadas no 9º CBCi – Congresso Brasileiro do Cimento e na ExpoCimento, de 30 de junho a 2 de julho, em São Paulo
A onda de calor intenso enfrentada por diversas cidades nordestinas têm desafiado os administradores públicos diante das consequências das mudanças climáticas. Para mitigar o calor extremo e seus impactos no ambiente urbano, o pavimento intertravado tem ganhado espaços nas principais vias da região. A solução pode minimizar em até 4°C a temperatura do ambiente e reduzir em até 17°C a temperatura da superfície das vias, além de facilitar a realização de manutenções nas redes de drenagem e saneamento.
Os pavimentos intertravados são compostos por peças pré-moldadas de concreto e constituem uma eficaz solução para uso em ruas, calçadas, calçadões e praças, sendo largamente difundida no Brasil – tanto na construção como na reconstrução e reabilitação desse tipo de instalação urbana. Terminais de carga em portos, aeroclubes e estradas vicinais também são locais recomendados para a utilização dessa tecnologia.
Há quatro anos, a capital Fortaleza, foi vanguarda na disseminação da solução, tendo executado mais de 300 quilômetros de pavimento intertravado. Outros exemplos notórios de cidades que já utilizaram a solução são: Sobral (CE), Aquiraz (CE), Juazeiro (BA), Vitória da Conquista (BA), Salvador (BA) e Recife (PE).
Para apresentar as últimas inovações tecnológicas na produção e aplicação do cimento e dos sistemas construtivos, autoridades, lideranças empresariais, corpo técnico, pesquisadores e especialistas estarão reunidos no 9º CBCi – Congresso Brasileiro do Cimento e na ExpoCimento, de 30 de junho a 2 de julho, em São Paulo.
No último dia, a programação terá como tema “O cimento como agente de transformação da infraestrutura e Inovação”, com palestras sobre diagnóstico da infraestrutura brasileira – problemas e oportunidades, com o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini, o Diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT, Luiz Guilherme Rodrigues de Mellol, o presidente da CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Renato Correia e o CEO da Motiva, Miguel Setas.
CBCI
Com tema central “A indústria do cimento e seu papel transformador para um mundo ecoeficiente”, a abertura do evento no dia 30 de junho, das 18h às 20h terá a presença de personalidades públicas, lideranças empresariais e organizações nacionais e internacionais.
COP30
No ano em que Brasil será o centro das atenções na agenda ambiental ao sediar a COP30, o CBCi terá palestra magna sobre expectativas, tendências e posicionamentos da Conferência e mesa redonda sobre instrumentos de descarbonização industrial dentro da estratégia climática brasileira.
Participarão dos debates, os principais nomes da política climática em desenvolvimento pelo governo federal, como o Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg, o Secretário Nacional de Mudança do Clima (MMA), Aloisio Melo. As perspectivas da indústria do cimento para alcançar a neutralidade climática será apresentada pela maior autoridade do assunto, o presidente da Global Cement and Concrete Association (GCCA), Thomas Guillot.
A indústria brasileira do cimento está à frente dos debates do Plano Clima, que será apresentado na COP 30, como uma das referências globais pela baixa emissão no seu processo produtivo, fruto de investimentos, majoritariamente ao longo das últimas duas décadas, em matérias-primas (adições) e combustíveis alternativos (coprocessamento), bem como na melhoria da sua eficiência energética.
O setor está trabalhando junto ao governo na elaboração de metas setoriais contemplando tanto a descarbonização industrial quanto o crescimento econômico do setor para atender a demanda de infraestrutura e habitação, essenciais para o desenvolvimento socioeconômico do país.
Coprocessamento
Ainda no segundo dia do avento, a tecnologia de coprocessamento como solução sustentável na gestão de resíduos urbanos será tema de mesas redondas no 9º CBCi –, com a a participação do VP de Economia Circular do Grupo Orizon, João Audi e de Pedro Coelho Teixeira Cavalcanti, Auditor de Controle Externo do TCE-PE.
A tecnologia transforma resíduos sólidos urbanos e industriais e passivos ambientais em energia térmica. Neste processo, o resíduo substitui parte do combustível que alimenta a chama do forno – que transforma argila e calcário em clínquer (matéria-prima do cimento).
Dados do relatório “Panorama do Coprocessamento 2024″, publicado pela Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, mostram que a cadeia cimenteira brasileira coprocessou cerca de 3,25 milhões de toneladas de resíduos em 2023, a maior marca da série histórica. Segundo o documento, nesse mesmo ano a tecnologia evitou a emissão de aproximadamente 3,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera em relação aos métodos mais tradicionais de produção, que envolvem o uso do coque de petróleo como combustível.
Impacto das mudanças climáticas nas cidades
No último dia de evento, a busca das cidades por soluções sustentáveis para amenizar crise climática estará na pauta das palestras do pesquisador reconhecido nacional e internacionalmente, Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, do Diretor-presidente do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão. O papel da inovação na mitigação climática será tema da segunda parte do painel, que contará com a participação de Mayara Regina Munaro, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e dos professores titulares da Escola Politécnica da USP, Vanderley John e Rafael Pileggi (que também é um dos responsáveis pela implementação do Laboratório de Construção Digital do projeto hubIC).
Expocimento
A Exposição Internacional do Cimento – EXPOCIMENTO 2025, ocupará um moderno espaço especialmente concebido para acolher as palestras, debates e apresentar o que existe de mais atual e relevante para a produção do insumo e também para as organizações que aplicam sistemas cimentícios.
II Simpósio Brasileiro de Ciência do Cimento (SBCC 2025)
Paralelamente ao evento, haverá ainda uma semana de muito conhecimento, inovação e networking no II Simpósio Brasileiro de Ciência do Cimento (SBCC 2025), de 27de junho a 2 de julho, com a presença dos maiores especialistas e acadêmicos do tema.
Sobre a ABCP
A Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP foi fundada em 1936 com o objetivo de promover estudos sobre o cimento e suas aplicações. É uma entidade sem fins lucrativos, mantida voluntariamente pela indústria brasileira do cimento, que compõe seu quadro de associados. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em tecnologia do cimento, a entidade tem usado sua expertise para o suporte a grandes obras da engenharia brasileira e para a transferência de tecnologia das mais diversas formas.
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