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Educar com respeito: especialista explica por que bater na criança não funciona

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Por Juliana Castelo
Choro alto, gritaria e até o pezinho batendo no chão: será que aquela palmada que promete controlar momentos de birra das crianças é a melhor opção? Pelo contrário! Castigos, beliscões e tapas passam longe de ser uma forma eficaz na hora de educar e podem deixar marcas não só naquele instante. A Lei da Palmada (nº 13.010/2014), que complementa o Estatuto da Criança e do Adolescente, completou dez anos e garante o direito à educação sem violências físicas, psicológicas e até torturas. Mas o que pode acontecer com uma criança que passa por isso?
Crescer com medo pode gerar traumas que atrapalham uma vida inteira. “O medo do que pode ocorrer caso ao agir de determinada maneira pode até prevenir comportamentos  ‘desagradáveis’ sob o olhar dos pais. Porém, a longo prazo, existe uma quebra de confiança entre criança e cuidador. A figura de referência do filho, que deveria ser um ponto de proteção, torna-se uma figura de medo”, explica a professora do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Thatiane Aroucha.
Ou seja, se todos os dias a criança leva palmada ou é agredida de outras formas, sentimentos de solidão, angústia, ansiedade, agressividade, baixa autoestima e até de que a criança não pode confiar em ninguém também farão parte da rotina. “A criação em um lar livre de violência previne complicações no desenvolvimento emocional, cognitivo, psicológico e social. Nessas condições, a criança aprende sobre equilíbrio, cooperação, autonomia e conexão”, afirma a psicóloga.
E se engana quem pensa que educar com respeito é a mesma coisa que deixar que eles façam tudo que quiserem. Disciplina e firmeza são palavras-chave da educação positiva, de olho atento no que as crianças estão tentando comunicar com aquele chororô. “Ouvir, olhar nos olhos, validar e acolher suas emoções e ajudar na regulação emocional em meio a momentos de crise pode fortalecer o vínculo entre pais e filhos, a autonomia da criança e o senso de autorresponsabilidade”, reforça Thatiane.
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