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Em época de dengue, especialistas reforçam quais são os cuidados necessários

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Alimentação é uma das aliadas na hora de se recuperar da doença

Por Elainy Castro 

“Água parada pode virar criadouro do mosquito transmissor da dengue”. Provavelmente, essa informação não é novidade para você. Mas, mesmo assim, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), só este ano já foram registrados 154 casos da doença no Maranhão. Em 2022, ainda segundo o órgão estadual, foram 5.412 casos confirmados no total.

A época de chuva pode contribuir para aumentar ainda mais esses números. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2022 os casos de dengue cresceram mais de 160% em todo o Brasil em relação ao ano anterior, com cerca de mil óbitos registrados. Especialistas reforçam a necessidade de se prevenir contra a doença e, em caso de diagnóstico, redobrar os cuidados.

Enfermeira e professora do IDOMED, Sandra Bonilha explica que, geralmente, a primeira manifestação da doença é a febre. “Geralmente, acima de 38ºC, de início abrupto e com duração de dois a sete dias, associada a dor de cabeça, fraqueza, dores musculares, dor nas articulações e dor retro-orbitária (dor ao redor dos olhos). Perda de apetite, náuseas, vômitos e diarreia também podem se fazer presentes”, explica.

De acordo com Sandra Bonilha, em casos de sintomas, o indicado é aumentar a ingestão hídrica e procurar uma unidade de saúde. Sobre automedicação, o alerta é ainda maior. “Pode aumentar o risco de hemorragias e agravar o caso”, destaca a profissional.

A professora do IDOMED explica que fatores de risco individuais, como a idade, podem determinar a gravidade da doença. Crianças, em especial as menores de um ano e idosos acima de 65 anos são especialmente suscetíveis às formas graves. Gestantes e pessoas que já possuem outras doenças, como asma, diabetes, anemia e hipertensão, por exemplo, também têm risco aumentado para os casos graves.

Cuidados com a alimentação

Para se recuperar da dengue, é importante seguir uma alimentação saudável e equilibrada. Isso inclui comer uma variedade de frutas, vegetais, proteínas magras e carboidratos complexos, além de evitar alimentos gordurosos, processados e açúcar refinado.

Frutas e vegetais são ricos em vitaminas e minerais, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e a combater as infecções. Alimentos como abacaxi, kiwi e goiaba são ricos em vitamina C, enquanto os vegetais verdes escuros, como espinafre e couve, contêm ferro e outros minerais importantes.

Segundo o docente do curso de Nutrição da Estácio e nutricionista Phelipe Aureswald do Amaral, proteínas magras, como peixes, frango e tofu, ajudam a reparar os tecidos danificados pelo vírus e a fornecer energia para o corpo. Carboidratos complexos, como arroz integral, quinoa e batatas, fornecem energia de longa duração e ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue.

“Além disso, é importante manter-se hidratado, bebendo muita água e sucos naturais, e evitando bebidas açucaradas e alcoólicas”, orienta Amaral.

Cuidados com o ambiente

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando os prováveis criadouros como pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e recipientes pequenos, como tampas de garrafa.

Além de manter bem tampados caixas, tonéis e barris de água, é importante colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira sempre bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios; se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo; deixar ralos limpos e com aplicação de tela; limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia; limpar com escova ou bucha os potes de água para animais, salienta Sandra Bonilha.

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