De acordos com notas divulgadas, a Polícia Civil vai investigar a ligação do falso engenheiro Francisco de Assis Alves da Silva, conhecido como Júnior, de 29 anos, com funcionários da Eletrobras do Piauí. O rapaz foi preso na tarde de ontem(14) suspeito de estelionato e falsidade ideológica. De acordo com a Polícia, ele se passava por engenheiro e fechava contratos. A Polícia já contabiliza prejuízos iniciais de mais de R$ 100 mil.
Diversas vítimas criaram um grupo de Whatsapp com o título “Pega Ladrão” para compartilhar suas histórias e tomar providências contra o suspeito que está, até o momento preso na Central de Flagrantes.
O empresário Fernando Moraes, de 50 anos, foi o primeiro a denunciar ao estranhar o comportamento do suspeito.
“Eu o conheci fazendo uma obra para um amigo em Timon e o contratei para fazer a terraplanagem, murar e fazer a fundação para um depósito que eu estava fazendo no Morada Nova. Ele recebeu uma Frontier, semi-nova no valor de R$ 67.500 e mais R$ 5 mil em dinheiro. Ele chegou inclusive a levar dois funcionários da Eletrobras para fazer o estudo da retirada dos postes. Algum depois ele desapareceu. Descobri que na obra de Timon ele havia contratado o cimento e não pagou e que ele tinha passado meu carro para uma revendedora, cujo dono veio me procurar duas vezes pedindo a documentação, como achei aquilo estranho fui à polícia”, explicou o empresário vítima.
A polícia divulgou a foto do suspeito e está pedindo para que as vítimas procurem a Delegacia Geral para registrar Boletim de Ocorrência e ajudar nas investigações.
As investigações iniciaram quando uma vítima procurou a polícia para denunciar que o suposto engenheiro tinha vendido um carro que tinha recebido como pagamento de uma obra no bairro Morada Nova.
“Ele tem uma construtora que trabalhava com obras pequenas, como reformas de casas e construções. Uma das vítimas disse que ele chegou a concluir uma piscina em um condomínio em Teresina, mas pouco tempo depois a obra apresentou uma série de defeitos. Nós enviamos um ofício ao Crea e foi constatado que ele não tinha inscrição”, disse a delegada.
Até o momento foram constatadas dez vítimas, uma delas teve um prejuízo de R$ 30 mil e o primeiro, que deu inicio à investigação perdeu R$ 72.500.
A delegada Carla Brizzi, responsável pelo inquérito, informou que irá aprofundar as investigações e pretende descobrir a relação dos servidores da Eletrobras com o preso. Francisco de Assis deve responder por falsidade ideológica e vários crimes relacionados ao estelionato.
Edição: Veja Timon
Via: Cidade Verde