O governador Flávio Dino, do Maranhão se filia amanhã, 21, no Partido Socialista Brasileiro, com vistas a eleição de 2022, quando, no partido, o ex-juiz, ex-comunista pretende disputar isoladamente o cargo de senador da República ou quem sabe se aproximar do uma indicação do partido para compor chapa com Lula na disputa para presidente. Tudo isso já está acertado com a direção nacional PSB.
Mas o que mais vem intrigando os novos filiados de Flávio Dino e seus adversários políticos é i menosprezo pela sigla no Maranhão. Flávio Dino, em rede social, anunciou sua ida para o partido socialista dando certo como que o entendimento tenha sido feito em nível nacional e dando um total desapreço à direção estadual, que tem à frente o ex-prefeito de Timon Luciano Leitoa, que foi, quando gestor, um dos prefeitos que mais recebeu benefícios pelas mãos do governador, mas que, em razão de uma disputa interna para a escolha do candidato da base estadual para a disputa do cargo de substituto de Flávio Dino a partir de 2023, fez e faz críticas ao governador, inclusive nos meios de comunicação.
Enquanto se distancia e “escanteia” o ex-prefeito Luciano Leitoa, o governador se aproxima demais do deputado federal Bira do Pindaré, que também não morre de amores do atual presidente do PSB e que, inclusive, tentou intervir no PSB estadual, mas foi impedido pela Nacional. Com a investida, Bira perdeu o apoio na cidade de Timon, principal base do PSB, que elegeu a sucessora de Luciano Leitoa, Dinair Veloso, que declarou nas redes sociais que seu candidato e candidato do grupo será Juscelino Filho, do Democratas.
Muito embora o próprio ex-prefeito Luciano Leitoa não fale sobre o assunto, aliados seus abrem os discursos afirmando ser fato normal que Flávio Dino sequer cite o nome do presidente do PSB estadual em suas notas explicativas sobre a saída do PCdoB e ingresso no PSB.
Mas antigos companheiros, amigos de Luciano Leitoa, como é caso de Manoel Furtado Neto, Ex-Secretário Nacional de Finanças do JSB nacional e Ex-Secretário de juventude do PSB, que disse textualmente ter mágoa do governador Flávio Dino, pede uma acolhida ao ex-comunista em nome do projeto politico do partido.
Segundo ele, o partido não avançou durante anos de gestão do presidente Luciano Leitoa: Sem estratégia, linha política, sem orientação, sem debates internos, sem ousadia, sem pulso firme, o PSB não conseguiu manter seu tamanho estabelecido desde a formação da frente de libertação do Maranhão em 2006. Após a morte de Eduardo Campos em 2014 o partido perdeu o rumo e se restringiu a ser estratégico apenas na manutenção do poder local da pequena Timon, localizada a 500 km de São luis, cujo prefeito era o atual presidente do PSB no Maranhão, meu amigo Luciano Leitoa. Mas o cenário poderia ser outro completamente diferente se as lideranças tivessem sonhos maiores…
E mesmo tendo mágoa, com diz, do governador Flávio Dino, Manoel Furtado Neto diz que: “Partido precisa ter liderança disposta a construir projeto de poder. Do contrário, parafraseando Ivan Lins, cai o rei de espadas, cai o rei de ouro, cai o rei de paus, cai, não fica nada. Vida longa ao Partido Socialista Brasileiro. Não tem dono. Nunca terá. Desejo acolhimento, diálogo, companheirismo, respeito, e boa caminhada a todos e todas do PSB no Maranhão nesse novo ciclo sob a liderança do Governador Flávio Dino”.
Amanhã, dia 22, data da filiação do governador Flávio Dino ao partido, é também comemorado o aniversário de Luciano Leitoa, que completa exatamente 41 anos. Seria a filiação de Flávio Dino no mesmo dia uma coincidência ou um presente de grego para o ex-prefeito? Pois como todos já sabem, Flávio Dino não quer somente posição firme da nacional com a sua filiação no partido, ele vai focar e centrar fogo no partido em nível estadual e que, para isso, contará com as pretensões visíveis do deputado federal Bira do Pindaré de dominar o partido e elevá-lo junto com o governador às condições de disputa exigidas pelos filiados. Na eleição passada, 2020, no Maranhão, dos 216 municípios, o partido elegeu somente seis e em 2018, o partido conseguiu eleger dois deputados estaduais e somente Bira como federal. Pode ser que com a gestão dos dois, o partido, como legenda, consiga um melhor desempenho em 2022, mas para isso é preciso que Luciano Leitoa deixe o partido livre para que o governador siga com seu projeto de crescimento, coisa que parece não ser mais tão difícil assim como se imaginava antes.