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Maio Roxo alerta para as Doenças Inflamatórias Intestinais

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Reportagem/Juliana Castelo 
O Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), 19 de maio, tem o objetivo de alertar a população sobre os riscos e prevenção a essas doenças. Junto com a campanha Maio Roxo, a ação visa aumentar o conhecimento sobre as DIIs, promover o diagnóstico precoce e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
As DIIs são doenças inflamatórias crônicas do trato digestivo, de natureza autoimune, ou seja, o sistema imunológico do corpo ataca as células saudáveis do intestino. Os sintomas podem incluir dor abdominal, diarreia, sangramento retal, perda de peso, fadiga e dores nas articulações.
Os exemplos mais comuns são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Nestes casos, o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e controle, visto que essas doenças podem causar dor, desconforto, ansiedade e depressão. O tratamento das DIIs é individualizado e pode incluir medicamentos para controlar a inflamação, imunossupressores e, em alguns casos, cirurgia.
Segundo Arthur Peixoto, cirurgião geral e professor do IDOMED, a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças é importante para o tratamento. “Antes, esses sintomas intestinais como sangramentos e diarreia eram motivo de vergonha e poderiam até ser negligenciados”, diz. Arthur destaca a necessidade do da colonoscopia como exame diagnóstico principal e o acompanhamento médico de rotina para acompanhamento da doença.
“Alterações da nossa rotina atual também podem ser gatilhos para as doenças inflamatórias, como o fumo, álcool e nossa dieta desregulada”, lembra. Ao longo do mês, a campanha Maio Roxo envolve diversas instituições de saúde e associações, que promovem ações informativas, palestras, eventos e campanhas de mídia para aumentar o conhecimento sobre as DIIs.
Dieta adequada
Uma alimentação adequada pode integrar o tratamento de pacientes com doenças inflamatórias crônicas do trato digestivo. O equilíbrio nutricional contribui para prevenir a deficiência de nutrientes e promover alívio dos sintomas. Não há uma dieta específica para o paciente com DIIs. Porém, alguns cuidados são importantes no tratamento nutricional destas doenças, tanto na fase da atividade quanto na fase da remissão.
Professora de Nutrição da Estácio, Arissa Felipe explica que o acompanhamento alimentar é importante para manter um equilíbrio nutricional. “Isso vai contribuir para o bem-estar do paciente, além de melhorar a cicatrização, restaurar as células da mucosa gastrointestinal e prevenir a deficiência de alguns nutrientes”, diz, ao lembrar que muitos pacientes ficam limitados com relação à ingestão de alguns alimentos. “Essas restrições podem trazer algumas deficiências nutricionais, que serão corrigidas com ajuda profissional”, frisa.
Uma alimentação saudável e balanceada, com carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas, minerais e fibras, pode trazer benefícios no trato digestivo. Outras recomendações nutricionais para o paciente com DII incluem: realizar várias refeições ao longo do dia, consumindo volumes menores; comer devagar e mastigar bem os alimentos; e ler o rótulo dos alimentos para escolha adequada de produtos. A higienização adequada de frutas, verduras e legumes ajuda a evitar contaminações. Entretanto, é sempre importante seguir as recomendações de um profissional de saúde.
Política Nacional
Conforme a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), cerca de 5 milhões de pessoas sofrem com as DIIs no mundo. A maior incidência ocorre em adolescentes e adultos entre 15 e 40 anos. No Brasil, a taxa gira em torno de 100 casos para cada 100 mil habitantes no SUS.
Em abril de 2025, o Senado Federal aprovou hoje o PL 5307/2019, que institui a Política Nacional de Assistência, Conscientização e Orientação sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais — Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. O projeto prevê incentivo à realização de campanhas de conscientização, programas para orientação e acolhimento a pacientes e mutirões para execução de colonoscopias em hospitais públicos. Também estabelece o prazo de 30 dias contados a partir da consulta, para a realização de exames laboratoriais e de imagem nos casos de suspeita clínica dessas doenças. A matéria segue para sanção presidencial.
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