Vereadores da base e seus servidores dizem que ainda não receberam seus salários. O presidente se defende afirmando que o repasse da prefeitura não cobriu toda folha.
A Câmara de Timon e a Prefeitura protagonizam um novo impasse. Aliás, o impasse do momento ainda é consequência política das decisões dentro do grupo que está no poder desde dezembro do ano passado, quando o vereador Uilma Resende venceu a eleição da Mesa Diretora, contrariando o grupo, rompeu com o governo do qual era aliado e mais recente comandou a votação que rejeitou o LOA de 2022, e que agora estão refletindo nas gestões administrativamente.
De acordo com vereadores e assessores dos gabinetes governistas os salários do mês de janeiro deste ano, que deveriam ter sido depositados na conta no último dia 20, não foi pago, e por isso, eles culpam o presidente da Casa, Uilma Resende de não ter feito o pagamento, mas Uilma se defende afirmando que enquanto ele tem, constitucionalmente, o prazo de até o dia 30 para fazer os pagamentos, o Executivo, por sua vez, tem até o 20 para o repasse constitucional, o que não ocorreu, pois o recurso repassado não dá para pagar todos, e, para não agradar uns e outros não, a situação está em análise, disse Uilma.
“Eu entendo isso, mas não estou descumprindo nenhuma lei. A Câmara tem que pagar até o dia 30. Quem tem obrigação de pagar até o 20 é a prefeitura e não nos pagou. Então ainda vou ver vai ter que ficar alguém sem receber, pois num cobre a folha. Vou analisar, pois se pagar um lado o outro zanga e se pagar um outro, o outro zanga também. Se não pagar ninguém todo mundo zanga. Quem queria estar nessa situação. O dinheiro não dá, mas ninguém cobra o Executivo, só querem cobrar à Câmara, pois se afrouxam perante o governo e dão uma de valente por nosso lado”, disse o presidente.
AUMENTO DE 100 POR CENTO
Na esteira das discussões entre governistas e oposicionistas, está uma publicação no Diário Oficial do Legislativo, Edição 2.295, de 19 de janeiro de 2022, assinada pelo presidente Uilma Resende, que “no uso de suas atribuições” concede aumento de 100 por cento nas gratificações de 25 servidores divididos em: nove Chefes de Gabinetes; nove Oficiais de Gabinetes; seis Assistentes Técnicos Legislativo e um Tesoureiro, que segundo os vereadores governistas, são todas indicações dos 10 vereadores oposicionistas.
Pesquisa feita pelo blog com relação a salários e aumento das gratificações e, de acordo os símbolos das nomeações dos cargos: as gratificações para a Chefe de Gabinete aumentam, de acordo com portaria: de R$ 2.391,12 para R$ 4.782,24; Oficial de Gabinete de R$ 1.248,58 para R$ 2.497,16 e de Assistente Técnico Legislativo de R$1.569,13 para R$ 3.138,26.
Mais uma vez, assim como tem sido as polêmicas na Câmara de Timon, a discussão será judicializada.