“Paralisada desde o dia em que foi iniciada”, em maio de 2018, a reforma ou como gosta de chamar o prefeito de Timon Luciano Leitoa – “a revitalização da Ceasa de Timon”, recebeu mais um aporte de recursos para sair da maquete eletrônica das redes sociais e virar concreto.
A obra que custaria aos bolsos do contribuinte cerca de 7 milhões e 231 reais sobe, com esse aditivo para mais de 8 milhões 631 mil reais, segundo o terceiro aditivo terceiro aditivo ao contrato n.º 002/2018 celebrado entre o município de timon-ma, por intermédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e a Empresa Skora Engenharia e Construções Ltda, assinado com data do dia 5 deste mês e publicado no Diário Oficial do Municipio na edição do último dia 10.
A obra foi licitada em abril de 2018, véspera do período eleitoral em que o governador Flávio Dino concorria à reeleição. Após a licitação e para se ter início da obra, o prefeito Luciano Leitoa ocupou os meios de comunicação para dizer da necessidade de remover os permissionários dos boxes onde eram comercializados comidas e outros produtos, na época, houve uma grande polêmica que acabou com a intervenção do Ministério Público para assinatura do Termo de Ajuste de Conduta, em que o governo municipal se comprometia em pagar aluguel de pontos aos permissionários no entorno da Ceasa para que eles deixassem o local. Até hoje o governo não vem cumprindo sua parte no TAC.
A obra que deveria estar concluída, segundo contrato e ordem de serviço, está totalmente paralisada. Em março deste ano, o blogdoribinha esteve na sede da Skora Engenharia para tratar do assunto com o engenheiro Pitter Ferreira, diretor presidente da empresa. Na oportunidade, o engenheiro disse que os recursos para a obra estavam com o cronograma atrasados e que a dificuldade seria por conta do período da economia em que o país estava atravessando. Mas de lá para cá, pelo que se acompanha, a economia só piorou e ao que parece, com o aditivo de mais de 1 milhão de reais, o único setor que está num “boom” no momento é da construção civil de obras paralisadas.
A obra sofre vários questionamentos, primeiro por sua necessidade apontada pelo governo como prioritária, segundo pela oposição que entende ser obra eleitoreira na sua concepção e que serviu para melhorar a performance eleitoral do governador Flávio Dino e agora com mais esse aditivo a patente realidade que a Ceasa é um sumidouro de dinheiro público antes mesmo de ser iniciada, dizia ontem ao blog um dos vereadores de oposição.
Do valor total da obra, agora de 8 milhões e 631 mil, a empresa faturou cerca de 700 mil, ou seja, menos de 10 por cento de seu valor.
Enquanto a revitalização prometida pelo prefeito não é realizada, os comerciantes da Ceasa continuam convivendo em sua dependências com os urubus, ratos e outros tipos de insetos nocivos à saúde humana.