63% dos brasileiros afirmam ter controle das finanças pessoais; em contrapartida, 37% temem não administrar a renda
Uma pesquisa realizada em 2022 pelo Serasa, empresa responsável por reunir informações e análises sobre as pessoas físicas e jurídicas com dívidas financeiras, em parceria com o Instituto Opinion Box, apontou que 3 entre 10 pessoas não têm controle sobre a renda mensal. Dessa forma, economistas afirmam a possibilidade do aumento da inadimplência e alertam para a necessidade da educação financeira nas escolas, a fim de reduzir as probabilidades do crescimento do número de devedores.
Os dados do estudo também relatam que 63% dos entrevistados possuem controle da renda, isto é, conseguem cumprir as obrigações financeiras e sabem planejar as contas. A educadora financeira e coordenadora do curso de Ciências Contábeis do UNINASSAU- Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Elisa Barroso, pontua algumas formas de balizar os gastos. “Compreender como funciona os juros rotativos, multas, juros de empréstimo e outros pode ser algo um pouco complicado. Mas, saber o quanto ganha líquido, conhecer suas próprias dívidas e acompanhar as faturas do cartão de crédito e o extrato da conta bancária são, de fato, as principais formas de controle financeiro. Colocar tudo no papel, fazer planilhas e ter um aplicativo de controle financeiro, por exemplo, são ótimas formas de evitar que a dívidas virem bolas de neve”, explica a professora.
Para Elisa, o equilíbrio financeiro parte de uma educação de base com instrução ainda na infância, entretanto, já na fase adulta, é possível compreender as melhores estratégias para cada família, para cada faixa de renda e de acordo com a rotina da casa. “Cada caso é um caso. Mas, acredito na educação financeira como uma cultura para vir desde o ensino fundamental, no tempo de aprender a viver em sociedade, também deve-se aprender a cuidar do próprio dinheiro. Em relação aos adultos, cuidar das finanças é algo a ser pensado em cada particularidade pois não é copiando uma estratégia aleatória que a renda pessoal vai ficar maior ou menor. Concentração, estudo, noção de entradas e saídas e controle financeiro, a saúde da conta bancária depende de muitos fatores. Na dúvida, um educador financeiro ou um contador podem ajudar”, ressalta.
Fugir das dívidas, preferir parcelar sem juros e controlar o uso do cartão de crédito são boas alternativas. Pautar as despesas em planilhas, sejam digitais ou imprensas, é uma saída interessante como também a assessoria de um contador. Pensando nisto, a UNINASSAU Teresina oferece, a partir da segunda semana de março, suporte contábil para a população. Os interessados podem agendar atendimento presencialmente, na unidade João XXIII, localizada na Rua Eustáquio Portela, nº 1641, bairro São Cristóvão.