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São João sem assédio: 5 dicas para se proteger durante as festas juninas

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CEO e fundadora da Livre de Assédio, Ana Addobbati – Crédito: Livre de Assédio/Divulgação
A Livre de Assédio, organização especializada em desenvolver protocolos contra violência de gênero, enumerou cinco dicas que podem te ajudar a curtir os festejos de anarriê com mais segurança.
Está aberta oficialmente a temporada das festas juninas. E além das quadrilhas, das barraquinhas de comidas típicas e do repertório tradicional de música, no São João, assim como em todo evento de grande aglomeração, é importante redobrar os cuidados para situações de assédio e importunação sexual. Entre um quentão e outro, continua valendo a regra de que “Não é Não”. A Livre de Assédio, organização especializada em desenvolver protocolos contra violência de gênero, enumerou cinco dicas que podem te ajudar a curtir os festejos de anarriê com mais segurança.
A primeira orientação é saber identificar que insistências para dançar em par, toques e beijos sem autorização, assim como passadas de mão no cabelo, configuram, sim, crimes de importunação sexual. “Se durante a dança você se sentir incomodada com um toque invasivo, peça para parar. E se pediu para parar, tem que parar. Jamais se culpe e não deixe que minimizem a responsabilidade do ato com o pretexto de excesso de bebida. Busque ajuda nos pontos de apoio do evento em que estiver. Nestes momentos, uma rede de acolhimento faz muita diferença para que você se sinta segura para encaminhar a situação para as autoridades competentes”, explicou a fundadora e CEO da Livre de Assédio, Ana Addobbati.
Outra dica, que é bem conhecida, mas algumas pessoas insistem em não seguir, é nunca aceitar bebidas de estranhos, mesmo que elas pareçam lacradas. O famoso golpe “Boa noite, Cinderela” continua sendo usado por criminosos para dopar, estuprar e roubar as vítimas. “Não se descuide do seu copo quando você estiver em local público. E se você é uma pessoa que bebe de forma costumaz, confie na sua intuição se sentir o sabor ou o cheiro estranho da bebida. Ninguém espera que aconteça isso numa festa junina do bairro, justamente porque há uma tradição de que é um evento quase familiar. Mas existem eventos de São João que reúnem milhares de pessoas e ganham proporção de Carnaval. Nenhum cuidado é exagerado”, alertou Ana.
A terceira orientação é sempre preferir ir acompanhada para os festejos. É uma forma de se proteger e ter apoio, caso precise de ajuda. “Evite ir sozinha aos banheiros químicos. Esteja cercada de pessoas da sua confiança, para que você esteja protegida se por acaso exagerar no consumo da bebida alcoólica. Algumas pessoas se aproveitam dessa vulnerabilidade para se aproximar e tentar um beijo, agarrar, passar a mão. Se você está cercada de conhecidos, eles conseguem te proteger ou acionar alguma ajuda, se for necessário”, disse Ana.
Se você decidir ir de carros de aplicativos ou táxis para o São João, não use veículos clandestinos. No caso de o trajeto ser de transporte público, fique atenta aos botões de emergência que existem em alguns metrôs e VLTs para pedir ajuda. Outra informação importante é: se você vir uma mulher sendo cercada, constrangida ou em situação de vulnerabilidade, que tenha exagerado na bebida e está visivelmente sozinha, tente oferecer ajuda. “Você pode avisar aos policiais e seguranças da festa, como pode também perguntar onde estão os amigos e familiares dela e direcioná-la para um ponto de atendimento médico do evento. Este tipo de comportamento pode salvar vidas, como também ajudar a reduzir estatísticas de violência de gênero no país”, afirmou a CEO.
A fundadora da Livre de Assédio lembrou ainda que a Lei federal 14.786/23, que define o protocolo “Não é Não”, determina que estabelecimentos, eventos, casas noturnas, boates e ambientes com espetáculos musicais precisam adotar ações para preservar a dignidade e a integridade física e psicológica da vítima. “Ela precisa ser prontamente protegida pela equipe do local para que possa fazer seu relato com segurança e deve ser acompanhada até o seu transporte, caso decida ir embora”, observou ela.
Sobre a Livre de Assédio
Livre de Assédio é a primeira plataforma brasileira a unir tecnologia, metodologia própria e protocolos firmes contra assédio e discriminação, oferecendo soluções completas para que organizações, empresas e eventos possam prevenir e responder a essas situações de maneira eficaz. A empresa oferece treinamento e certificação, com reciclagem contínua do time e mentorias para gestão de governança. Devido ao pioneirismo no assunto, a Livre apoiou o Ministério Público de São Paulo e Ministério do Trabalho no processo de regulamentação da Lei Não se Cale, assim como a Secretaria da Mulher do Estado do Rio de Janeiro para a mesma temática.
Mais informações e entrevistas:
Chris Nascimento – Oficina Consultoria
(21) 97935-0628
[email protected]
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